Retrospectiva 2019: relembre momentos em que o Coren-SP se posicionou em defesa da enfermagem

Os esforços do Coren-SP na luta por mais respeito e valorização da enfermagem estão quebrando paradigmas e fortalecendo cada vez mais os pilares de atuação da categoria, contribuindo com seu empoderamento. De plantão a plantão, é a enfermagem que permanece 24 horas ao lado do paciente, lidando com situações diversas e de alta complexidade.

E, como uma forma de reconhecer todo esse empenho e dedicação, o Coren-SP segue, dia após dia, combatendo as injustiças e desmistificando situações que não condizem com a realidade da profissão, lutando por sua autonomia e reconhecimento.  

Confira alguns momentos em que o Conselho saiu em defesa dos profissionais no ano de 2019!

Manutenção das PICS no SUS

Quando a rádio CBN noticiou sobre a provável retirada das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na assistência à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Coren-SP prontamente se manifestou contra essa ação. Além de enfatizar que a enfermagem é a profissão protagonista na aplicação das PICS, o Conselho ressaltou que os profissionais possuem bagagem literária suficiente para atuação, seguindo as preconizações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Contra o racismo

O Coren-SP já demonstrou diversas vezes que não tolera qualquer tipo de discriminação ou violência e, no caso da técnica de enfermagem Maria de Lourdes Teodoro dos Santos, não foi diferente. Ao saber que a profissional havia sido vítima de racismo no ambiente de trabalho, o Coren-SP saiu em sua defesa, emitindo uma nota de apoio à profissional, prestando acolhimento e auxiliando nos trâmites necessários para os procedimento de denúncia e desagravo público.

Técnica de enfermagem Maria de Lourdes Teodoro e sua filha Janaína (ao centro) são recepcionadas por Fernanda Azevedo, Edir Gonsaga, Jordânia Cardoso e Vagner Urias (da esquerda para a direita)

30 horas já!

Um ato inédito do Coren-SP resultou na aprovação do PL 347/2018 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que regulamenta a  jornada de 30 horas semanais sem redução salarial. Embora o projeto de lei tenha sido vetado pelo atual governador do estado de São Paulo, João Dória, a nível municipal, mais de 30% do estado de São Paulo já contam com a jornada.

Respeito e valorização da categoria

Quando o assunto é respeito e valorização da categoria, o Coren-SP não mede esforços para representar a enfermagem. Na ocasião em que as atrizes Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães gravaram um vídeo com fantasias eróticas de enfermeiras, a presidente do Coren-SP, Renata Pietro, prontamente encaminhou uma carta aberta a ambas, destacando que a profissão deve ser respeitada e não erotizada.

A atriz Giovanna Ewbank convidou a presidente do Coren-SP, Renata Pietro, para conversar sobre a carta recebida

Aposentadoria especial para a enfermagem

Numa luta incansável para que a enfermagem fosse contemplada com aposentadoria especial, o Coren-SP compareceu a diversas reuniões para dialogar com deputados e mostrar as grandes dificuldades enfrentadas pela categoria, como, por exemplo, as longas jornadas de trabalho, exposição a riscos químicos, físicos e biológicos. Em fevereiro de 2019, o Coren-SP protocolou, junto com o Cofen, um ofício expondo essa demanda no Congresso. A presidente Renata Pietro se reuniu com o relator do projeto de Reforma da Previdência, solicitando que a categoria fosse contemplada pela aposentadoria especial. 

Conselheiro federal Antônio Marcos, presidente Renata Pietro, deputados Samuel Moreira (recebeu em mãos a sondagem sobre saúde mental do Coren-SP) e Fred Costa

Respeito é bom e o Coren-SP exige

Na infeliz fala do vereador de Campinas, Paulo Galtério, a qual culpa a enfermagem pela demora no atendimento, ele diz que se “uma enfermeira acorda de mau humor e deixa o paciente esperando por seis horas é porque ela brigou com o namorado”. Prontamente, o Coren-SP mostrou que repudia a colocação ofensiva e machista do vereador. Uma ação que resultou no pronunciamento dos representantes da autarquia na Câmara Municipal de Campinas. 

Mostrando o valor da categoria 

Outra situação que não passou despercebida foi a fala deturpada do Presidente da República, Jair Bolsonaro, referente ao programa Médicos pelo Brasil. Bolsonaro afirmou que os médicos que não foram aprovados em programa de revalidação deveriam “arranjar outra profissão, ou então ficar como enfermeiros, ganhando menos”. O Coren-SP repudiou a fala do presidente, afirmando que os profissionais de enfermagem representam a maior força de trabalho da saúde do Brasil.

Mostrando a importância da enfermagem nas políticas públicas sobre drogas 

Quando uma medida do Governo Federal excluía representantes de organizações, instituições ou entidades nacionais da sociedade civil – dentre ele o enfermeiro – do  Conselho Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Conad), o Coren-SP manifestou  sua indignação e ressaltou que, além de ser imprescindível no trabalho de prevenção e tratamento de usuários de drogas, o enfermeiro possui experiência e atuação na área, indicado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Contra a violência obstétrica

O Coren-SP também entrou em ação quando o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas/Secretaria de Atenção à Saúde (DAPES/SAS), do Ministério da Saúde, considerou o termo “violência obstétrica” impróprio para definir os tipos de violência que as mulheres são submetidas na hora do parto. Defendendo o atendimento às mulheres e a qualidade da assistência prestada por enfermeiros e obstetrizes, o Coren-SP ressaltou que a violência obstétrica se caracterizava também como violência de gênero.

Na defesa pela Atenção Básica

Durante uma reportagem realizada pela Rede Globo de Televisão, a falta de informação não passou despercebida pelo Coren-SP. Na ocasião a repórter mostrou indignação ao saber que o enfermeiro prescrevia medicamento e salientou que existe “uma barreira do enfermeiro nesse processo até chegar ao médico”. O Coren-SP fez questão de esclarecer que, de acordo com o Ministério da Saúde, os enfermeiros na Atenção Básica podem realizar consultas de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, entre outras funções.

 
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