Em São José dos Campos, Cape Itinerante aborda assistência de enfermagem a pacientes críticos
Em sua quinta edição, o Cape Itinerante, projeto do COREN-SP de aprimoramento contínuo dos profissionais de Enfermagem, apresentou série de palestras em São José dos Campos. O evento teve transmissão em streaming em tempo real para cerca de 70 polos em todo o Brasil e através da internet.
O programa, voltado a profissionais e estudantes de enfermagem do interior e litoral paulista, utilizou material do laboratório de simulação do Cape (Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem). O assunto desta edição foi assistência de enfermagem a pacientes críticos, cardiológicos e respiratórios.
Brígida Broca da Silva, conselheira do Coren-SP, apresentou a legislação sobre unidades de terapia intensiva (UTIs). A principal delas, a RDC 7 de 2010 da Anvisa, regula os requisitos mínimos de uma UTI, visando à redução de riscos aos pacientes, visitantes, profissionais e meio ambiente. Entre elas está a exigência de educação continuada da equipe e de equipamentos de higienização de mãos. Brígida destacou as atribuições dos profissionais de enfermagem em seu âmbito.
Em seguida, Gustavo Cortez Sacramento, Enfermeiro Sênior do Hospital TotalCor, apresentou case de atendimento a paciente cardiológico. Após exposição geral de todas as patologias cardiológicas, suas dores típicas, atípicas, possíveis causas da dor torácica, seus fatores alteráveis, não-alteráveis, principais exames e frequência, Gustavo orientou participantes da plateia no atendimento de triagem a paciente utilizando o laboratório de simulação do Cape, com boneco e aparelhos de diagnóstico clínico.
No período da tarde, Daniel Moreira Lima, Enfermeiro do Hospital TotalCor, apresentou case de atendimento a paciente com insuficiência respiratória. Ele destacou a relação do enfermeiro com paciente e acompanhantes. “Atitude confiante é às vezes mais importante do que o que estou fazendo”, afirmou. “O paciente vem ansioso, com a sensação de que vai morrer. Se o deixo mais tranquilo, consigo trabalhar melhor”.
Outras medidas para deixar o paciente mais confortável são: acomodá-lo, aplicar oxigênio-terapia, realizar monitoração cardíaca, fazer punção no acesso venoso e administrar medicações conforme prescrição médica. Uso de cateter nasal e higiene oral, elevação de decúbito são ações de protocolo que têm também um efeito positivo.