Em reunião na Câmara Municipal de São Paulo, Coren-SP detalha fiscalização nas unidades da Prevent Senior

O Coren-SP participou na última segunda-feira (29/11) de reunião na Câmara Municipal de São Paulo para abordar sua rotina de fiscalizações nas unidades hospitalares da rede Prevent Senior. O plano de saúde é alvo de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no parlamento da capital, devido às denúncias relativas às práticas adotadas a seus pacientes durante a pandemia da Covid-19.

Participaram da reunião o deputado federal Alexandre Padilha, que mediou os relatos, o deputado estadual Paulo Fiorilo, e o vereador Antonio Donato (presidente da CPI Prevent Senior da Câmara Municipal), além de familiares de vítimas da Covid-19 que estiveram internadas em unidades da rede, a advogada Bruna Morato (representante dos médicos ex-funcionários do plano de saúde), o representante da associação Vida e Justiça, Renato Simões, e a presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Irene Abramovich.

Reunião da CPI da Prevent Senior na Câmara Municipal de São Paulo (Foto: Richard Lourenço – Rede Câmara SP)

O presidente do Coren-SP informou que o conselho já recebeu 25 denúncias contra a operadora de saúde, mas nenhuma relacionada à prescrição de medicamentos para tratamento de Covid-19. “Estão relacionadas a diversos temas. Dentre eles, falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual), condições de trabalho, falta de local de descanso, sobrecarga de profissionais e subdimensionamento de profissionais”, relatou James Francisco.

Fiscalizações nas unidades da Prevent Senior

Entre 2020 e 2021, foram inspecionadas as unidades na capital: Pinheiros, Jardim Paulista, Alto da Mooca, Tatuapé, Morumbi, Paraíso, Mooca, Higienópolis, Itaim Bibi, Vila Olímpia (Hospital de Campanha), Butantã e Santana, além de São Bernardo do Campo. Elas tiveram como foco os fluxos de atendimento e planos de contingência relacionados à assistência no âmbito da pandemia da Covid-19.

Nas inspeções, não foi contatada qualquer participação da enfermagem na prescrição de medicamentos para Covid-19. Os profissionais assinaram de próprio punho declarações de que não prescreviam o chamado “kit covid”. Na unidade de São Bernardo do Campo, profissionais de enfermagem informaram que foram orientados apenas a fazer a entrega, mediante prescrição médica e, na data da fiscalização, já não estavam mais incumbidos de tal função. Eles apresentaram um documento que definia essa responsabilidade a eles como “executantes” e não responsáveis pela prescrição.

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