Coren-SP Educação aborda segurança na administração dos medicamentos

Na última terça-feira (24/5), foi realizada uma atividade online que abordou a segurança nos processos de preparo e administração dos medicamentos. Ana Claudia Alcântara Garzin, enfermeira doutora e docente, conduziu a atividade.

A profissional explicou que se trata de um processo que envolve diversas fases, com profissionais de diferentes formações envolvidos, o que aumenta o risco de algum erro nos processos, exigindo, portanto, a implementação efetiva de protocolos para favorecer a segurança do paciente. “A cadeia medicamentosa é composta por quatro grandes etapas: prescrição, dispensação, preparo e administração de medicamentos, sendo as últimas duas os principais focos de atenção para a enfermagem, uma vez que o preparo e administração de medicamentos são as últimas barreiras antes do erro chegar no paciente”, detalha a enfermeira.

Segurança na administração dos medicamentos
Ana Claudia Alcântara Garzin durante atividade online no YouTube do Coren-SP

Ela também pontuou que a educação permanente é essencial para o profissional adquirir conhecimento sobre os mais diversos medicamentos e habilidades para o momento do preparo e administração e, dessa maneira, profissionais se sentem mais seguros nesses processos. “O conhecimento dos medicamentos que são padronizados na instituição na qual o profissional atua e que serão utilizados é fundamental, sempre que for necessário o profissional deve buscar mais informações na bula, manual de medicamentos da instituição ou com o farmacêutico. A capacitação do profissional é uma ferramenta importante para evitar erros no processo de preparo e administração de medicamentos, e tornar o profissional mais confiante e tranquilo para realizar o procedimento”, complementou a enfermeira.

Durante a atividade, foram abordados os “9 certos” no preparo e administração de medicamentos, que são citados nos protocolos do Ministério da Saúde, Anvisa e preconizados pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente.  O protocolo detalha as atividades e ações em cada um dos itens que foram exemplificados na atividade. “Podemos identificar e evitar erros ao seguir rigorosamente os ‘9 certos’”, explicou a enfermeira.

No paciente certo, por exemplo, deve-se incentivar a identificação ativa, na qual sempre que o paciente tiver condições ele mesmo deverá falar seu nome completo e data de nascimento, por exemplo, para ser confirmado pelo profissional na pulseira de identificação, na prescrição médica e no próprio medicamento antes do seu preparo e administração. “Se o paciente for orientado e engajado na sua própria segurança, ficará feliz em saber que estamos preocupados com a segurança dele”, explicou Ana Claudia.

Ao final da atividade, a docente frisou que as atividades que fazemos repetidamente se tornam hábito, portanto, precisamos realizar atividades com rigor técnico e científico para criarmos hábitos de excelência na nossa prática assistencial diária. Essa frase, para finalizar a atividade, remeteu muito ao que foi abordado, pois ao seguir todos os protocolos e realizar a assistência com toda segurança possível, os erros serão reduzidos.