Conselheiras do COREN-SP falam sobre sondagem vesical e parto humanizado em evento no CAPE
Cerca de 150 estudantes e profissionais de enfermagem estiveram durante todo o dia nesta quinta-feira, dia 9, no Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem (CAPE), para assistir ao ciclo de palestras “Emergências (BLS), Sondagem Vesical e Obstetrícia em Enfermagem”.
Realizado pela empresa Anatomic, com apoio do COREN-SP, o evento teve participação de duas conselheiras do COREN-SP, as enfermeiras Tamami Ikuno e Andrea Porto.
Após a palestra sobre emergência e os desafios para os socorristas, ministrada por José Roberto Marques, responsável técnico da Anatomic, a conselheira do COREN-SP Tamami demonstrou como se faz uma sondagem vesical. Logo no início, a enfermeira lembrou que, para realizar bem o procedimento, é preciso, antes de tudo, que o profissional tenha profundo conhecimento de anatomia, habilidade e que tomeos cuidados necessários para não contaminar o material. “Com tudo isso, mais o treinamento constante, o profissional ganha em qualidade”, disse Tamami. Caso a sonda se contamine, Tamami recomenda trocar todos os materiais e repetir o procedimento.
Durante a demonstração no boneco da Anatomic, a conselheira alertou para os riscos de úlcera de pressão no caso de colocação indevida da sonda.
Tamami também lembrou que o profissional deve tomar cuidado no transporte do paciente com a sonda. “Não se pode levantar a bolsa de repente, sob o risco de provocar refluxo”, alertou. Ao final, a enfermeira também fez uma demonstração de punção intravenosa em boneco.
No final da tarde, a conselheira Andrea Porto falou sobre assistência humanizada ao parto. A profissional explicou aos participantes que este tipo de parto prioriza o respeito às necessidades da mulher. “Não é preciso dispor de uma grande infraestrutura. Apenas entender o que a paciente precisa”, disse. Tudo começa com a explicação do profissional de todos os procedimentos, para que a mulher se sinta mais segura. Também é importante preservar sua intimidade.
Após a explicação dos exames que o profissional de enfermagem realiza na gestante, Andrea fez um parto simulado numa boneca da Anatomic. A posição escolhida foi a vertical, que facilita a ação da gravidade e o ângulo de encaixe. “A cesárea pode salvar a vida da mãe e do bebê em caso de risco, mas não deve ser usada indiscriminadamente, como acontece hoje”, explicou a enfermeira. A humanização acontece com o estímulo aos exercícios (em vez dos gritos e puxos), na participação de familiares etc.
Em seguida, Andrea mostrou a importância de colocar o bebê sobre o ventre materno, em vez de levá-lo diretamente ao berço aquecido. Além de estimular a amamentação e o contato com a mãe, esse procedimento também ajuda na criação de anticorpos. Também disse que cada vez mais se recomenda a alta precoce após avaliação, 24h depois do parto, em vez das 48h ou 72h atuais. “Devemos interferir só quando necessário. Para sso, precisamos repensar nossa atitude profissional”, defendeu.