Atividade do Coren-SP Educação aborda cuidados de enfermagem na Doença Renal Crônica

A atividade “Doença Renal Crônica: Panorama e Cuidado de Enfermagem”, transmitida ao vivo na manhã desta segunda-feira (19/7) pelo Coren-SP Educação para mais de 300 participantes, serviu como um grande alerta sobre a gravidade da Doença Renal Crônica (DRC) e os cuidados que a condição exige por parte dos profissionais de saúde.

A palestra da enfermeira Lanuza do Prado Gil Duarte, especialista em nefrologia e profissional do Hospital Samaritano, na capital, deixou clara a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da Doença Renal Crônica naqueles pacientes que compõem os grupos de risco para a doença.

A enfermeira de educação permanente, Gisele Gentil e a palestrante Lanuza (à direita)

“A Doença Renal Crônica é definida como anormalidade da função ou estrutura renal presente por mais de três meses com implicações para a saúde do indivíduo. Ela é avaliada pela medição da taxa de filtração dos rins, que diminui, associada a pelo menos um marcador como a saída de albumina para a urina, por exemplo”, resumiu Lanuza.

A profissional explicou que há uma grande quantidade de brasileiros vivendo com fatores de risco para o desenvolvimento da DRC: “Considerando a população brasileira maior de 18 anos, 23% é hipertensa; 5,6% é diabética; 18% fumante; 48% estão com excesso de peso e 16% são obesos. Todos esses são fatores de risco que contribuem para a perda da função renal. Esses são nossos dados que mais assustam”. A partir desses números, é bastante importante que os profissionais de saúde, incluindo os de enfermagem, estejam bem informados sobre o tema de forma a prevenir danos aos pacientes dentro dos grupos de risco renal.

A atividade foi transmitida ao vivo nesta segunda-feira (19)

Outro tema que mereceu grande destaque dentro da atividade foram os cateteres utilizados nos diversos tipos de hemodiálise, que trazem consigo o risco de infecções para esses pacientes. “Falamos muito de cateteres porque são o principal risco de infecção desses pacientes. Não adianta termos uma Ferrari se não sabemos dirigir”, afirmou, mostrando fotos de diversos problemas que podem ocorrer nos cateteres se não forem manejados com cuidado e conhecimento técnico-científico: infecções, hematomas, alergias, lesões e lacerações.

Em sua palestra, Lanuza ainda dedicou um tempo à Covid-19, novamente com um dado impressionante: “Em minha prática profissional, vi unidades de hemodiálise, que antes atendiam a 100 pacientes por mês, passarem a receber 500 por mês com a pandemia. A Covid-19 afeta os rins e pode trazer lesões agudas a esses órgãos tanto de forma direta quanto como resultado de outros desequilíbrios sistêmicos gerados pelo vírus, como problemas cardíacos, por exemplo”.

Durante a pandemia, o Coren-SP Educação tem transmitido suas atividades online, de forma gratuita e com direito a certificado digital para os participantes. Confira aqui a agenda completa das próximas palestras e se inscreva.