Combate à violência: Coren-SP realiza sessão solene de Desagravo Público na capital

O Coren-SP realizou na última quinta-feira (13/12), uma sessão solene de Desagravo Público, em defesa de profissionais de enfermagem  que sofreram qualquer tipo de abuso ou violência durante o exercício da profissão.

O segundo-secretário Paulo Cobellis conduziu a sessão e ressaltou que o objetivo é acolher o profissional e oferecer apoio às vítimas de agressão, por meio de um suporte legal, ético e, também, pela lei do exercício profissional. “Durante a prática dos profissionais de enfermagem, à medida que ocorrer qualquer tipo de ofensa, que seja provada e apresentada ao Coren-SP, será determinado como Desagravo Público”.

Segundo-secretário Paulo Cobellis

Cada profissional que solicita o Desagravo Público é representado por um conselheiro durante a cerimônia. A conselheira Dorly Fernanda Gonçalves representou a profissional Maria Zenaide Mendes Bezerra, o conselheiro Anderson Francisco de Meira da Silva, representou a profissional Deyse Gonçalves Galtaroça e a conselheira Érica Chagas Araújo, representou o profissional Ângelo Celso Santiago Novaes.

Conselheira Dorly Fernanda Gonçalves

Conselheiro Anderson Francisco de Meira da  Silva

A profissional Maria Zenaide sofreu agressão verbal e ameaças de agressão física durante atuação profissional e diz que o apoio do Conselho foi muito importante. “Foi uma situação horrível, é algo que marca e nos deixa receosos de trabalhar. Agradeço aos amigos que me ajudaram e, principalmente, sou grata ao Coren-SP pela oportunidade de ouvir e nos acolher. É bom saber que podemos contar com o apoio de todos do conselho”, conta Maria Zenaide.

Segundo-secretário Paulo Cobellis e a profissional Maria Zenaide Mendes Bezerra

A profissional Deise Gonçalves sofreu agressão verbal de um paciente na instituição em que trabalha e, também, agradece o apoio do Coren-SP. “Me senti humilhada  diante daquela situação. Muitas vezes nos sentimos desprotegidos e o acolhimento do Conselho foi essencial para que eu desse continuidade e não desistisse de levar tudo isso adiante”.

A conselheira Érica chagas reforça que o Coren-SP repudia veemente qualquer tipo de agressão contra os profissionais de enfermagem. “Atitudes dessa natureza são repudiadas pelo nosso Conselho, elas desrespeitam nossos direitos de exercer a profissão e atacam a prática da saúde. Nós estamos aqui para tomar as providências legais para coibir o desrespeito aos direitos dos profissionais”, diz Érica.

Conselheira Érica Chagas

Paulo Cobellis encerrou a sessão afirmando o quão importante é para o profissional denunciar os casos de violência. “É de extrema importância que os profissionais façam as devidas solicitações, para que nós, do Conselho, possamos auxiliar de maneira correta e eficaz. É importante dizer o que e como aconteceu para darmos início ao processo, e fazer com que a categoria tenha a consciência e a garantia dos seus direitos”, finaliza.    

 

Notas de Desagravos

As três notas de desagravo público podem ser lidas, na íntegra, nos links abaixo:

Desagravo em favor da enfermeira Maria Zenaide Mendes Bezerra

Desagravo em favor da enfermeira Deyse Gonçalves Galtaroça

Desagravo em favor do enfermeiro Angelo Celso Santiago Novaes

 

Como solicitar Desagravo Público?

A solicitação deve seguir o disposto na Resolução Cofen 433/2012, a saber:

Encaminhar à Presidência do Coren-SP (pessoalmente ou por Correios) uma carta detalhando os fatos, indicando seu nome completo, endereço, telefones de contato, categoria profissional e assinatura;

Narrar objetivamente o fato ou ato que está denunciando, com indicação do local, dia, hora, circunstâncias e o autor dos fatos;

Indicar testemunhas;

Se houver, incluir documentação que complemente ou comprove os fatos;

A solicitação de desagravo não pode ser anônima, uma vez que a intenção é fazer uma manifestação pública a favor do profissional ofendido;

O desagravo público não se aplica quando o ofensor e ofendido forem profissionais da enfermagem, caso em que o Conselho Regional avaliará a necessidade de instauração de procedimento ético, a partir de denúncia.

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