Um abraço na Catedral da Sé em defesa do SUS

Comemorado sempre em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde de 2015 teve amplitude e eco especiais. Um ato público convocado pela Frente Democrática em Defesa do SUS juntou cerca de mil manifestantes em passeata que teve como ponto de saída a Associação Paulista de Medicina e seu grande final na Praça da Sé, marco de movimentos sociais de importância histórica, como os das Diretas Já e o do Impeachment de Collor. 

Passeata em defesa do SUS reúne profissionais da Saúde

Por volta das 12h, ao tocar dos sinos da Catedral, estudantes, donas de casa, aposentados, advogados, jornalistas, enfermeiros, auxiliares e técnicos de Enfermagem, fisioterapeutas, advogados, professores, entre outros, deram as mãos abraçando o principal monumento da Igreja Católica no Estado, em gesto simbólico de compromisso com a consolidação do Sistema Único de Saúde e com uma assistência de qualidade aos cidadãos. Ainda houve uma revoada de 3 mil balões com a inscrição SOS SUS, em alusão direta ao fato de que a rede pública de saúde necessita de socorro urgentemente, em especial no tocante à injeção de recursos.
  
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo marcou presença no movimento desde sua organização até o grande desfecho. Segundo a presidente do COREN-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, a participação dos enfermeiros, auxiliares e técnicos de Enfermagem no ato reforça os laços com os pacientes e agentes das equipes multiprofissionais de saúde. “A falta de investimento reflete diretamente no cotidiano dos cidadãos e dos profissionais. Neste último caso, seja por falta de estrutura ou condições de trabalho”, ressalta a presidente. 

Conselheiros participam da manifestação pelo fortalecimento do SUS

A Frente Democrática em Defesa do SUS reivindica mais investimentos e políticas públicas em favor de um atendimento em saúde de qualidade para a população. A Constituição Federal garante direitos na área da saúde para todo o povo brasileiro e, por isso, há urgência no sentido de que o governo tome providências para garantir a sustentabilidade ao atendimento do SUS. 

A presidente do COREN-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, durante protesto no Dia Mundial da Saúde

De acordo com a segunda secretária do COREN-SP, Rosângela de Mello, “é essencial manifestar e colocar a população a par do que está acontecendo. Para reverter a situação do subfinanciamento, devemos unir todas essas forças da sociedade”.

 

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