Turma de curso técnico cria e-book para atendimento de pessoas em situação de rua

A 11ª turma do curso técnico de enfermagem do Senac de Ribeirão Preto criou um e-book  voltado à assistência das pessoas em situação de rua, que recebeu  nome de “Eu Existo!”.

Alunos da 11ª turma do curso técnico

Desde 2016, a instituição adicionou na grade curricular do curso uma nova disciplina, chamada Projeto Integrador, com o objetivo de desenvolver nos alunos vivências reais de assistência e proporcionar o estímulo do trabalho em equipe.

“Projetos educacionais quebram os paradigmas e a rigidez dos modelos tradicionais de ensino, trazem autonomia e propiciam o surgimento de experiências estimulantes, que se concretizaram como grandes ideias após a formação”, ressalta Ingrid Reny Ribaldo, responsável técnica do curso e orientadora final do projeto. Ingrid também é autora de poemas que retratam a rotina da enfermagem durante a pandemia, como já divulgado pelo Coren-SP anteriormente.

Após debates e muitas pesquisas, fomos estimulados a apresentar propostas para trabalharmos o desenvolvimento do projeto, e foi nesse momento que decidimos abordar a situação de pessoas em situação de rua, contextualizando a realidade dessa população com as condições de saúde e com o atendimento ofertado”, relembra Angel Fanny Pelissari, aluna e representante de sala.

Para a aluna Natália Tremura, é extremamente importante o profissional em processo de formação ter conhecimento sobre os direitos básicos das pessoas em situação de rua, para saber como atendê-los na atenção básica e nos pronto-atendimentos. “Percebemos que há poucas informações relacionadas a este tema. É importante os profissionais da enfermagem conhecerem os direitos básicos desses cidadãos e as políticas públicas que os amparam, pois, assim, conseguem prestar um cuidado individualizado dentro da realidade e necessidade dessas pessoas”.

Foto da turma tirada no início do curso (antes da pandemia)

Após a escolha do tema, o projeto é divido em fases: problematização, desenvolvimento e síntese. “Na fase de problematização coube aos alunos refletirem como poderia ser trabalhada a humanização do cuidado; no desenvolvimento é quando começa o plano de ação e várias perguntas foram levantadas com o objetivo de trazer respostas que lapidassem cada vez mais o tema gerador. Na terceira e última fase, é o momento da avaliação dos resultados obtidos ao longo de todo o processo. Essa etapa proporciona reflexões sobre em que o projeto agregou nas competências, tanto do aluno quanto dos docentes, já que somos todos constantemente estimulados a compreender, buscar, elaborar e aprimorar nossos olhares”, destacou Camila Amorim, enfermeira responsável pela orientação inicial do projeto e monitora de educação profissional.

Todas as informações obtidas com as pesquisas estão no livro “Eu Existo!”, disponível para download aqui.