Tratamentos reduzem obrigação de transplantados tomarem remédios

Cientistas norte-americanos descobriram dois novos tratamentos para evitar que pacientes transplantados tenham que tomar remédios imuno-supressores pelo resto da vida. Os estudos, publicados na revista especializada New England Journal of Medicine, informam que os tratamentos incluem o implante de células sangüíneas ou da medula óssea no paciente a receber o órgão doado. No primeiro estudo, realizado na Universidade de Stamford, nos Estados Unidos, um homem que recebeu um rim de seu irmão passou dois anos sem tomar os remédios. Para tanto, os médicos interferiram em seu sistema imunológico com tratamento que combinava irradiação, tratamentos com anticorpos e infusão de células sangüíneas do irmão. O segundo estudo foi conduzido no Hospital Geral de Massachusetts, onde cinco pacientes receberam tratamento que destruiu parcialmente suas medulas ósseas, e com elas os glóbulos brancos, que causam a rejeição. Essa medula foi então substituída por um enxerto da medula do doador, e em seguida eles receberam o rim. Um deles rejeitou o órgão, mas até agora os outros quatro têm vivido com funções renais normais e sem remédios. Um deles fez o transplante há cinco anos. Cientistas deixam claro que os dois métodos terão de ser estudados durante anos até que tenham aplicações práticas com pacientes.