Trajetória do dimensionamento e eneagrama foram temas apresentados no 3º SEPAGE
O 3º SEPAGE (Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem) prosseguiu na tarde de quinta-feira (21/7) com a apresentação de duas palestras, a primeira delas, de Raquel Rapone Gaidzinski, professora titular da Escola de Enfermagem da USP, sobre a trajetória do dimensionamento de pessoal; e a segunda, de Márcio Alberto Schultz, psicoterapeuta reichiano, sobre a ferramenta eneagrama.
Levam-se em consideração pelo menos três variáveis no dimensionamento: o índice de segurança do paciente e do profissional, o tempo efetivo de trabalho dos profissionais e a carga de trabalho da unidade, a menos estudada das três. “São muitas variáveis para chegar sempre mais perto da realidade”, afirmou Raquel. No resumo cronológico das técnicas de dimensionamento apresentado, isso ficou claro. Florence Nightingale, Taylor e Ford foram precursores do pensamento de gerenciamento de pessoas. Piso salarial, tempo dispendido por tarefa e relação entre quantitativo de profissionais e saúde dos pacientes foram suas contribuições.
A partir da década de 40, muitas variáveis foram somadas ao cálculo com base em estudos específicos da área de enfermagem: horas médias de cuidado, absenteísmo, classificação dos pacientes, tempo gasto com atendimento à família, documentação, com atividades que não correspondem a atividades de enfermagem, tempo de descanso e alimentação dos profissionais.
“Somos vistos como o custo de um hospital”, afirmou a moderadora da mesa, Lore Cecília Marx, “é preciso mostrar aos administradores que nós somos a economia, a segurança. A partir do momento em que fazemos bem o dimensionamento, criamos um caminho sem volta”.
Márcio apresentou as nove competências e os nove vícios que o eneagrama mapeia em cada profissional. De acordo com ele, cada um apresenta “pelo menos três competências e um vício”. Relações de dependência, discursos vazios, inveja, frieza, comportamento controlador, dominação e indolência são alguns vícios que se deve trabalhar.
“Pense no tabuleiro de xadrez”, disse Márcio, “cada peça tem um movimento e com base nisso você monta uma estratégia. Forçar uma peça a fazer outro movimento que não o dela é um absurdo”.
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