Técnica de enfermagem emociona pacientes com atendimento em Libras no Guarujá

A clareza e a eficiência na comunicação entre paciente e profissional de saúde são fundamentais para um bom atendimento. Sem essa comunicação, o tratamento pode ficar seriamente comprometido pela falta de informações relativas a ações de autocuidado ou como tomar corretamente os medicamentos prescritos, por exemplo.

Essa questão da comunicação se torna uma dificuldade particularmente marcante quando se tratam de pacientes surdos, que se sentem tão acolhidos quando são atendidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) por profissionais como a técnica de enfermagem Beatriz Queiroz, que trabalha na rede pública municipal do Guarujá.

Beatriz explica que a comunicação entre profissional de saúde e paciente faz toda a diferença para uma assistência adequada

Interessada em Libras desde criança, Beatriz sabe bem o impacto que esse atendimento especial pode causar em um paciente com deficiência auditiva: “Assim que os pacientes são atendidos com a linguagem de sinais eles se surpreendem, pois são muito poucos os profissionais que sabem Libras. Não deveria ser assim, pois a comunicação é uma coisa tão simples para muitos e tão complexa para os surdos, e a falta de comunicação pode levar a muitos erros. Imagina na área da saúde você não poder ajudar o próximo por falta de comunicação”, conta.

No dia a dia, Beatriz tem a chance de fazer atendimentos marcantes e emocionantes. Ela se lembra com carinho de uma paciente chamada Vivian: “Ela foi atendida na Tenda Contingente do Coronavírus em Vicente de Carvalho aqui no Guarujá. Ela se sentiu tão acolhida que quis me adicionar nas redes sociais para manter contato. O paciente saber qual medicação está tomando, saber a orientação que o médico está passando, conseguir passar seus sintomas, queixas e alergias, é essencial para um atendimento de qualidade”, resume.

Quando questionada sobre o que, para ela, significa ser profissional de saúde, Beatriz é certeira em sua resposta: “É ter amor ao que faz, cuidar com carinho porque cada paciente é único, nenhum é igual ao outro. É não ver apenas por fora das pessoas, mas também seu interior, porque a maioria dos pacientes sente falta de alguém para conversar, uma companhia. Apenas com um ‘bom dia’ você melhora o dia de alguém”, conclui.