SUS não oferece acesso a medicamentos a maioria das mulheres

Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, o SUS é responsável por 38% do acesso feminino a remédios O acesso das mulheres em idade fértil a medicamentos para as doenças que mais as atingem ainda é feito na maior parte dos casos por farmácias comerciais do que pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), divulgada na última semana. Entre as principais doenças femininas estão anemia, artrite, reumatismo, vaginite, vulvo vaginite, depressão, ansiedade, insônia, bronquite, asma, diabetes e hipertensão. A pesquisa aponta que o SUS é responsável, em média, por 38,1% do acesso dessas mulheres a medicamentos. Já a rede comercial de farmácias responde por 52,7% da cobertura de remédios, em média. Apesar do número, o ministério da Saúde reconhece que houve um aumento ao acesso de anticoncepcionais nas farmácias populares – com subsídios de até 90%. No último ano, o modelo garantiu o acesso de 250 mil mulheres aos contraceptivos. Entre 1996 e 2006, o percentual de mulheres que recorrem ao SUS para adquirir contraceptivos saltou de 7,8% para 21,3%.