Simpósio de Saúde da Mulher discute políticas públicas e atenção ao parto

O Coren-SP promoveu, segunda-feira (7), no Coren-SP Educação, na capital, o 1º Simpósio de Saúde da Mulher. O encontro, organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) de Saúde da Mulher, reuniu cerca de 300 profissionais de Enfermagem.

Durante a abertura, a presidente Fabíola de Campos Braga Mattozinho destacou a força feminina na Enfermagem. “Não podemos esquecer que 86% dos 460 mil profissionais de Enfermagem do estado de São Paulo são mulheres, e que a mesma proporção é válida para o quadro nacional, de 1,7 milhão de profissionais”.

A presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, abriu o 1º Simpósio de Saúde da Mulher

Participaram, ainda, do início dos trabalhos, a coordenadora do GT de Saúde da Mulher, Sandra Regina Cason; a presidente da ABEn-SP, Ariadne da Silva Fonseca e a professora Rosemeire Sartori de Albuquerque, presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Estado de São Paulo (Abenfo) e membro do GT.

A presidente da Abenfo e membro do GT de Saúde da Mulher, Rosemeire Sartori de Albuquerque

Após breve apresentação musical das enfermeiras Eliete Silva Carvalho e Evelyn Torres de Menezes, foi realizada a mesa-redonda Políticas Públicas na Assistência à Mulher, com participação da coordenadora das Políticas para Mulheres no Estado de São Paulo, Albertina Duarte Takiut. A médica ginecologista foi bastante aplaudida ao destacar a importância da Enfermagem na assistência à saúde. “Vocês precisam ser mais valorizados e receber, inclusive, um salário mais digno”, defendeu.

A coordenadora do GT de Saúde da Mulher Sandra Cason

Moderada pela enfermeira Sandra Cason, a discussão contou ainda com a participação das enfermeiras Marisa Ferreira Lima (membro do Núcleo Técnico de Saúde da Mulher do Estado de São Paulo) e Maria Teresa Massari (Apoiadora Institucional da Rede Cegonha no Ministério da Saúde).

A coordenadora e livre docente do curso de graduação em Obstetrícia da USP, Nádia Zanon

A Formação e Atuação da Enfermeira Obstetra e da Obstetriz no Brasil encerrou a programação da manhã. Moderada pela presidente da Abenfo e membro do GT de Saúde da Mulher, professora Rosemeire Sartori de Albuquerque, a mesa teve participação da vice-presidente da Abenfo, Maria Cristina Gabrielloni e das professoras Nádia Zanon (USP) e Ivanilde Rocha (Unasp).

A mortalidade materna e os desafios do processo de cuidar foram os assuntos que nortearam a mesa-redonda mediada pela presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho. A enfermeira Luciana Ferreira Bordinoski, membro técnico da coordenação de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, falou sobre a importância do pré-natal. “A mortalidade materna é um indicador do status da mulher. É inaceitável que nos dias de hoje uma mulher morra apenas por estar grávida”, frisou. Colaboraram com a discussão as enfermeiras Sandra Cason, do GT de Saúde da Mulher, e Ana Cristina Fernandes Silva, do Hospital Pérola Byington.

A enfermeira Milene Mori, coordenadora de Saúde da Mulher do município de Santos

As boas práticas na assistência ao parto e ao recém-nascido foram abordadas na mesa coordenada pela enfermeira Milene Mori, coordenadora de Saúde da Mulher da Secretaria de Saúde de Santos e membro do GT do Coren-SP. O respeito as 42 semanas de gestação foi um dos pontos levantados pela enfermeira Claudia Garcia de Barros, diretora executiva de prática assistencial, qualidade e segurança do Hospital Israelita Albert Einstein.  “A prematuridade no parto é um problema crítico e merece ser encarado com atenção pelo profissional de Enfermagem. Ela pode comprometer todo o desenvolvimento da criança”, alertou. Na mesa estavam também as enfermeiras Anatalia Basile, coordenadora do Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM) e a professora Cristina Maria Parada (Unesp/Botucatu).

A presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, com palestrantes e organizadoras do Simpósio 

Ao agradecer o público presente, a presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, ressaltou que o Simpósio foi apenas o início de uma discussão mais ampla sobre o papel de enfermeiros, técnicos, auxiliares de Enfermagem e obstetrizes na Atenção à Saúde da Mulher: “Tenho certeza de que sairemos daqui com novos pensamentos e propostas”, concluiu.

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