Seminário de Ética aborda conduta no ambiente de trabalho

A tarde do primeiro dia do 5º Seminário de Comissões de Ética do Coren-SP foi marcada por momentos de reflexão sobre o comportamento e a conduta no ambiente de trabalho. Ao falar sobre liderança, ergologia (estudo e análise da atividade profissional) e PLN (Programação Neurolinguistica), o ator e escritor Alexandre Camilo envolveu a plateia de forma descontraída e bem humorada. “Um bom líder é um bom contador de histórias. Você pode inspirar a sua equipe contando uma história. Ninguém esquece uma boa história”, garantiu.

O ator e escritor Alexandre Camilo interpretou vários tipos de condutas profissionais no ambiente de trabalho

Camilo arrancou gargalhadas da plateia aos definir as cinco posturas profissionais mais comuns: 

– Militar: que está sempre gritando e não se ouve. “Ele divide a equipe em dois grupos: ou está comigo ou é inimigo”; 
– Místico: que adora uma vela, um gnomo e um incenso e costuma dizer: “Eu estava bem. Foi só pisar no hospital que comecei a bocejar. Acho que é quebrante”; 
– Fada-Madrinha: Aquele que tem todas as soluções num passe de mágica. “Plim, plantão mais curto! Plim, mais leitos”;
– Diabo: “O pior tipo, na minha opinião. Faz parte da sua equipe, mas torce contra. É aquele que quando algo de errado acontece, diz: Eu já sabia!”;
– Turista: Ele é um clássico, nunca se compromete. “Bom gente, já deu a minha hora, não posso ficar com vocês, mas eu confio que tudo vai dar certo, porque tenho equipe, viu?! Qualquer coisa, me liguem, diz, já desligando o celular”.

 A presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, detalhou as etapas do Processo Ético-disciplinar

Processos Éticos
Dados estatísticos sobre os processos éticos foram detalhados pela presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, que exemplificou diversas situações denunciadas ao Conselho. “A análise da conduta ético-disciplinar faz parte da realidade de qualquer profissão. Temos que desmitificar que o Processo Ético visa punição, muito pelo contrário, é uma ferramenta de análise das ocorrências que serve para apurar a conduta, de forma imparcial, garantindo o direito a ampla defesa”, destacou.

Fabíola também lembrou o papel dos membros de uma comissão de ética. “É preciso tomar cuidado para as CEE não serem usadas como massa de manobra pela instiuição, para punir os profissionais. As CEE têm o papel de oreintar, educar e acolher este profissional, na ótica do exercício da Enfermagem”, disse.

A professora e conselheira Maria Cristina Massarollo falou sobre sigilo profissional

Na sequência, foi promovida a mesa-redonda “Uso de dados e informações pela equipe de Enfermagem”, moderada pela professora Giane de Carvalho Sanino (Senac e Unip). A professora e conselheira Maria Cristina Massarollo falou sobre sigilo profissional, lembrando aos participantes que ele decorre do direto do paciente à privacidade e do dever do profissional de manter a confidencialidade. “Não é porque acontece muito, que é comum, que devemos ver como natural. Não podemos perder a capacidade de nos indignar frente a situações que não devem ocorrer”, recomendou.

A professora Denise Maria de Almeida encerrou o primeiro dia de discussões

Já a professora Denise Maria de Almeida falou do comportamento dos profissionais nas redes sociais e da necessidade de estabelecer políticas internas e campanhas para promover a educação dos colaboradores. “A imagem pessoal está atrelada à imagem profissional e por sua vez à imagem da profissão e da instituição”, finalizou.

 

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