Rede privada causa redução do número de leitos nos hospitais do país

O número caiu em relação a 2002, quando tal situação ocorria em 146 cidades, mas mesmo assim houve redução de quase 30 mil leitos. E o Brasil deixou de atender à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que prevê 2,5 a 3 leitos para cada mil habitantes. Desde 2002, a média nacional caiu de 2,7 para 2,4. Ainda segundo a pesquisa, a redução foi puxada principalmente pela rede privada de saúde, que apresentou perda anual de 3,2% na quantidade de leitos. Para o presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados, Adriano Londres, ?há uma tendência natural de ?desospitalização?, que é um fenômeno mundial, em função dos avanços tecnológicos e da medicina. Isso faz com que inúmeros procedimentos que antes eram realizados apenas no ambiente hospitalar possam ser feitos em outros locais, como clínicas e consultórios médicos?, explica. No setor público, houve aumento de 1,8% no número de leitos. Mas a relação leito por mil habitantes caiu 1,2%, pois o crescimento populacional foi maior. Na rede privada, a relação caiu 4,9%. Apesar da redução, a rede privada ainda é responsável por 66,4% dos cerca de 450 mil leitos do país. A Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária ido IBGE nvestiga todos os estabelecimentos de saúde existentes no País que prestam assistência à saúde individual ou coletiva, públicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de internação, com o objetivo básico de revelar o perfil da capacidade instalada e da oferta de serviços de saúde no Brasil. A íntegra da Pesuisa pode ser obtida no site do IBGE: www.ibge.gov.br.