Programa Mãe Participante completa 20 anos de implantação

O Programa Mãe Participante começou a ser adotado nos hospitais estaduais e conveniados do antigo Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS, atual SUS), no dia 12 de agosto de 1988, por meio da resolução 165 da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Embora se contasse com adesão de mães em torno de 60%, o índice foi superior, e até hoje se mantém na faixa dos 90%. O programa, fruto da luta do pediatra Júlio Toporovski, da Faculdade de Medicina da Santa Casa, abriu as portas das unidades hospitalares para que os familiares de crianças internadas pudessem acompanhar a internação. Mais ainda: dava a essas pessoas a possibilidade de participar dos cuidados diários e na observação dos pacientes infantis, além de estabelecer uma relação de proximidade com a equipe multidisciplinar que prestava assistência. Na época, a presença das mães era proibida porque supunha-se que representava risco de infecções, o que não se comprovou. ?O programa representou um avanço na atenção pediátrica e representou vantagens, como a diminuição da mortalidade infantil e do tempo de hospitalização?, ressalta Toporovski, que diz ter se inspirado nos exemplos norte-americanos e europeus, que já se mostravam bem-sucedidos naquele momento.