Profissionais do Hospital de Base de São José do Rio Preto promovem reencontro entre mãe e filha

O trabalho humanizado da enfermagem vem conquistando cada vez mais o reconhecimento e a admiração de pessoas que passam ou já passaram pelas mãos desses profissionais do cuidado. Prestar uma assistência acolhedora e de qualidade envolve muito mais do que a coleta de exames ou a administração de medicamentos, mas é um trabalho que exige comprometido, empatia, respeito e solidariedade com a vida dos pacientes e de suas famílias.

O compromisso e a ética desses profissionais fizeram a diferença na vida da paciente Natália, que deu a luz há dois meses. Cinco dias após o parto, Natália apresentou um quadro intenso de sangramento e fadiga. Ao procurar uma unidade de saúde, foi detectada uma alteração em seus exames laboratoriais que, segundo a paciente, estavam normais antes do parto. Para investigar melhor o caso, Natália foi encaminhada ao Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda.

Natália junto à família <3

“Devido a condições clínicas, Natália deu início ao tratamento e foi levada para a UTI da instituição duas vezes. Em quase um mês de internação, ela nunca mais teve contato físico com a sua filhinha recém-nascida, apenas por fotos no celular”, diz a enfermeira Ana Carolina Truschi, responsável por participar de todo o processo de tratamento de Natália.

Sensibilizada com a separação temporária entre mãe e filha, Ana conta que a equipe multiprofissional do hospital se uniu para promover o reencontro de ambas. Seguindo os protocolos de transporte e as orientações do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e por questões de segurança do bebê, assim que ela chegou à área externa do hospital, Natália foi levada ao seu encontro.

Equipe do hospital reunida para o encontro

“Foi um momento único em nossas vidas. Foi intenso e emocionante. Tínhamos a sensação de que o mundo havia parado só para observar aquela cena. Ao ver a bebê de longe, ela começou a chorar. Choramos junto com a Natália, foi um choro de muita emoção e felicidade. Acredito que, naquele momento, a empatia  foi exercida de forma plena”, declara Ana.

“Foi intenso e emocionante. Tínhamos a sensação que o mundo havia parado só para observar aquela cena”, diz a enfermeira Ana Carolina Truschi

A enfermeira ressalta que o amor ao próximo, o carinho e a compaixão devem ser exercidos de forma integral, principalmente no caso de pacientes oncológicos, pois, segundo ela, o diagnóstico de câncer pode mudar completamente a vida do paciente e de toda família. segundo Ana, o papel da enfermagem é fundamental para oferecer o apoio e o amparo necessário no enfrentamento dos momentos de dor.

“Para mim, ser enfermeiro é estar ao lado do paciente e da família durante todo o curso da doença. Entro na minha unidade com a certeza de que eu posso dar o melhor, seja com uma fala de carinho ou um abraço de esperança que traga conforto para os meus pacientes. Não podemos nos limitar apenas ao conhecimento técnico. Às vezes, um gesto, uma palavra ou um sorriso podem colaborar na luta pela vida”, finaliza.

 

Fotos: Hospital de Base de São José do Rio Preto

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