Professores alertam banhistas sobre riscos com água-viva no Carnaval

Professores e especialistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) começaram hoje, dia 23, uma série de palestras e prestação de informações à população e freqüentadores da Praia do Boqueirão, na Praia Grande, sobre riscos da água-viva e de outros animais aquáticos. Cerca de 900 casos de queimaduras provocadas por águas-vivas foram registrados, no litoral paulista, no decorrer dos feriados de Natal e Ano Novo. A maioria se deu pelas chamadas caravelas, espécies com grandes tentáculos que secretam substâncias adesivas e urticantes. O quadro clínico apresenta sintomas de dor intensa e queimação imediatamente após o contato. Raramente podem surgir dispnéia, mal-estar, hipotensão arterial e arritmias cardíacas. A orientação dos médicos é para que o tratamento seja iniciado com compressas de água do mar gelada, que tem potente efeito analgésico, nos primeiros socorros. Banhos de vinagre no local comprometido também são úteis. Procedimentos de aplicação imediata, como o uso de urina, corticóides, álcool ou Coca-Cola não têm apoio científico e não devem ser utilizados, sob pena de agravamento do quadro.