Primeiro dia do Fórum de RH em enfermagem discutiu performance e educação permanente

Os temas performance, metodologia na educação do adulto e educação permanente foram debatidos no primeiro dia do II Fórum Paulista de RH em Enfermagem, realizado pelo COREN-SP. O evento começou nesta segunda-feira, dia 29, em Presidente Prudente, e segue até amanhã, dia 30.

Na mesa de abertura estiveram presentes a diretora da Escola de Enfermagem da Unoeste (que sedia o evento), Nilva Galli, o presidente do COREN-SP, Cláudio Porto, e o assessor em Desenvolvimento Institucional do COREN-SP, Sérgio Luz.

Porto falou da importância de levar eventos para o interior do estado. Na quarta-feira, por exemplo, os profissionais de Prudente terão a oportunidade de participar das palestras do Programa Portas Abertas (PPA) pela segunda vez. “Queremos também trazer os laboratórios do CAPE de forma itinerante para a Unoeste a partir de março”, adiantou o presidente.

Em seguida, Luz apresentou o Prêmio Gestão com Qualidade (PGQ), iniciativa do COREN-SP para premiar e incentivar a gestão eficiente, eficaz e efetiva na enfermagem. Segundo o assessor, o PGQ fará entrega do prêmio em junho, durante o 3o SEPAGE. Já o presidente do COREN-SP falou sobre o EPT – Exercício Profissional Tutelado, uma proposta, ainda sob avaliação, que oferece soluções para o ingresso de recém-formados no mercado de trabalho.

Programação cietífica trouxe experiências bem sucedidas

A primeira palestra do Fórum foi ministrada pela professora da Universidade de São Paulo (USP) Cilene A. Costardi Ide, com o tema “Performance: atingindo o desempenho desejado”. Para a especialista, desempenho competente é partir de algo dado e, mesmo assim, ser surpreendido pelo contexto, criar na hora, ter intuição. Ela listou como componentes desse desempenho: domínio técnico, capacidade de reflexão, desenvolvimento humano, envolvimento crítico, competência relacional e autointeresse.

À tarde, a professora Ana Cristina Sá, da Universidade São Camilo, falou sobre “recursos metodológicos na educação do adulto”. Segundo a especialista, a experiência de vida do aluno adulto é muito importante. “O centro da metodologia de educação do adulto é a análise das experiências”, disse. Além disso, quem ensina para um adulto deve ser flexível e aprender a ouvir para ser ouvido. “Não se deve apenas transmitir conhecimento, mas engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos”, afirmou.

Ainda na mesma mesa, as enfermeiras Christiane Casteli e Aline Cheregatti mostraram os cases do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do HCor, respectivamente, relativos a experiências com a educação. Christiane falou do ensino à distância, enquanto Aline explicou como fez com que os profissionais do HCor aprendessem as metas internacionais de segurança.

Finalmente, a última palestra do dia coube à professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Ana Lúcia Queiroz Bezerra, com o tema “Educação permanente: perdas e ganhos”. A enfermeira começou lembrando a necessidade de desenvolvimento profissional devido aos novos conhecimentos e inovações tecnológicas. Destacou que é preciso desempenhar novos papéis, com a queda da prevalência de hospitais e a tendência crescente de unidades ambulatoriais e residenciais.

Ana Lúcia fez um histórico da educação permanente, que surgiu nos Estados Unidos para atualização de conhecimentos para o desempenho. No Brasil, já ganhou status de política pública, onde o modelo tradicional tem sido substituído pelo interacionista. Entre as vantagens estão o desenvolvimento de consciência de grupo, a transformação das práticas e a geração de novos conhecimentos. Para a professora, a educação permanente deve ser responsabilidade do enfermeiro, mesmo em equipes multi, pois os profissionais de enfermagem sempre estão e maior número.

O II Fórum de RH em Enfermagem será encerrado na tarde de terça-feira, 30 de novembro.