Presidente do Coren-SP realiza reunião no Hospital Municipal da Brasilândia

O presidente em exercício do Coren-SP, Cláudio Luiz da Silveira, realizou uma reunião no Hospital Municipal da Brasilândia, inaugurado no dia 11 de maio, para verificar o Plano de Contingência adotado para o atendimento a pacientes com Covid-19 e, também, oferecer o suporte do Coren-SP para as equipes de enfermagem. A unidade já possui 115 leitos de UTI e 20 leitos de CM concluídos em 30 de junho. “Estamos acompanhando de perto a atuação da enfermagem para que o Conselho possa apoiar a prática profissional, em prol da segurança dos profissionais e da sociedade”, disse Claudio. O conselheiro James Francisco dos Santos acompanhou a reunião.

De acordo com a gerente assistencial, enfermeira Ana Cristina Rossetti, os fluxos estão sendo implantados de acordo com as metas de segurança do paciente, segmentadas por etapas, contemplando todas as fases de internação, desde a admissão, passando pela assistência, até a alta. “É um grande desafio, pois, além todas as demandas que temos ao inaugurar uma nova unidade, ainda há os fluxos específicos para Covid-19”, disse a gerente.

A equipe identificou questões que devem ser tratadas com um olhar especial, devido à peculiaridade do paciente infectado pelo novo Corona Vírus. “A falta de contato com a família, por exemplo, exige ações diferenciadas”, mencionou.

Para contemplar todas essas necessidades, Ana Cristina apostou na formação de um grupo ao qual ela se refere aos integrantes como “lideranças fortes”, em um contexto multidisciplinar, que são responsáveis pela integração dos fluxos e organização da estrutura física para proporcionar mais segurança ao paciente. Um exemplo é o acompanhamento dos dispositivos aplicados, como os cateteres. A cada 24 horas um enfermeiro inspeciona os pacientes para verificar se não há nenhum efeito adverso relacionado ao dispositivo. Todos os indicadores são acompanhados por meio de ferramenta de gestão e cruzamento de dados.

Para suprir a ausência da família, necessária devido ao isolamento dos pacientes com Covid-19, o Hospital da Brasilândia tem apostado na humanização. “Todos os dias os médicos ligam aos familiares para informar sobre a evolução do quadro; colocamos fotos dos entes queridos ao lado dos leitos; quando o paciente é extubado, realizamos uma videochamada; e ainda temos um trabalho com assistentes sociais, que realizam atividades, como oficinas para realização de atividades”, enumera Ana.