Presidente do Coren-SP dialoga com especialista sobre ações para disseminação da Ozonioterapia na enfermagem

Em fevereiro de 2020, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), através do Parecer Normativo nº 001/2020, reconheceu a Ozonioterapia como mais uma Prática Integrativa e Complementar a ser exercida por enfermeiros. Neste, consta a exigência de uma carga horária mínima teórica de 120 horas, o uso de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo paciente e aplicabilidade de Protocolos Internacionais quanto às concentrações e volumes.

Para discutir ações para a ampliação e fortalecimento desta área na enfermagem, o presidente em exercício do Coren-SP, Cláudio Silveira, recebeu no dia 8/7, na sede da autarquia, a enfermeira Edna Alves da Cruz, coordenadora do grupo responsável pelo Projeto de Regulamentação da Atuação do Enfermeiro na Ozonioterapia, o qual foi aprovado dia 25 de março de 2019, pelo Plenário do Cofen. “Foi um avanço importante, pois permitiu uma nova atuação na área da enfermagem e com esta nova modalidade profissional, os enfermeiros podem desenvolver sua autonomia e empreendedorismo através dos consultórios de enfermagem”.

Presidente em exercício, Cláudio Silveira, e enfermeira Edna Alves

Edna ainda considerou o apoio do Coren-SP importante para que os profissionais se aproximem dessa prática recém regulamentada. “Muitos enfermeiros ainda não conhecem a ozonioterapia e se sentem despreparados para atuar nessa área. Essa ajuda é de fundamental importância para divulgarmos essa nova possibilidade e para que os profissionais se sintam mais amparados”, afirmou.

O presidente Cláudio Silveira expôs que o Conselho contribuirá para fortalecer essa prática. “Vamos abordar a Ozonioterapia no âmbito das Práticas Integrativas e Complementares, aprimorar e incentivar os enfermeiros o seu exercício com ética, responsabilidade e competência.

Neste contexto, a Ozonioterapia foi inserida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares  (PNPIC) sob a Portaria nº 702, de 21 de março de 2018. Trata-se da administração terapêutica de ozônio, que melhora oxigenação sanguínea; amplia a flexibilidade dos eritrócitos, facilitando a passagem dos mesmos pelos vasos capilares e garantindo um melhor suprimento de oxigênio tecidual; reduz a adesão plaquetária; atua como analgésico, anti-inflamatório e estimulante do sistema de crescimento do tecido de granulação e, quando em contato com fluídos orgânicos, promove a formação de moléculas reativas de oxigênio, melhorando o fluxo sanguíneo.Além disso, é um método minimamente invasivo, utilizado como recurso complementar para o tratamento de doenças infecciosas agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias e fungos, em queimaduras e úlceras diabéticas. “Sendo assim, podemos ter a garantia de que o enfermeiro ozonioterapeuta é capaz de atuar e prescrever um plano de intervenção de enfermagem para promoção de uma melhor qualidade de vida e segurança dos cuidados prestados aos pacientes”, conclui Edna.