Nova Comissão de Instrução do Coren-SP passa por integração e treinamento
O Coren-SP realizou na última segunda-feira (19) uma integração para os membros da Comissão de Instrução de Processos Éticos do conselho (CIPE).
Realizada na sede da Sobecc, Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, a integração durou o dia todo e apresentou aos novos membros da CIPE os objetivos dessa importante comissão, assim como aspectos práticos de seu fluxo de trabalho.
Composta por 63 profissionais de enfermagem, tanto técnicos quanto enfermeiros, a CIPE tem como missão coletar informações e provas relacionadas a denúncias éticas contra profissionais de enfermagem. Essas provas e informações serão utilizadas para instruir os conselheiros durante os julgamentos éticos.
O evento foi apresentado pelo coordenador da CIPE, Maurício César de Paula Marcial e contou com a participação do presidente do Coren-SP, Sérgio Cleto, que deu as boas vindas aos participantes.
“Vocês, membros da Comissão de Instrução, estão aqui para fazer a diferença, peço a vocês comprometimento. Eu mesmo fui membro da CIPE antes de me tornar conselheiro e presidente do Coren-SP. Fazer parte da comissão é uma grande oportunidade de servir à nossa categoria e à sociedade e conhecer melhor o funcionamento e a importância do conselho e dos processos éticos”, colocou Sérgio Cleto.
A primeira palestra do evento foi feita pela Chefe de Gabinete da autarquia, Yasmim Taha, com o tema “Organograma, missão e programas do Coren-SP”.
Ela falou sobre a estrutura da autarquia, sua organização interna e os muitos programas e projetos que a autarquia conduz em prol do profissional de enfermagem.
“Hoje o Coren-SP temais de 600 mil profissionais de enfermagem inscritos, é um número maior do que a maior parte dos municípios. É claro que nossas funções são completamente diferentes daquelas das prefeituras, mas temos uma responsabilidade muito grande pelo nosso tamanho e importância como conselho de classe”, afirmou Yasmim Taha.
Os coordenadores da CIPE, Maurício Marcial, Adelaide Alves de Jesus e João Dario Marcelli fizeram uma breve apresentação sobre o trabalho de coleta de dados.
“É uma atividade onde a gente se expõe bastante, tanto é que diversos conselheiros do Coren-SP começaram como membros da Comissão de Instrução de Processos Éticos. Também destaco a importância de conhecerem o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, que pautará boa parte do trabalho de vocês (Resolução Cofen nº 564/2017)”, destacou Maurício Marcial.
A procuradora jurídica do Coren-SP, Fernanda Sana, trouxe para os membros da Comissão de Instrução algumas questões legais cruciais, como o conhecimento do Código de Processos Éticos do sistema Cofen/Conselhos Regionais, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e sobre como lidar com prontuários de pacientes de uma forma ética e que respeite a LGPD.
Um processo ético consiste de três partes: admissibilidade, instrução e julgamento. Gostaria de colocar que a instrução, que é a parte que cabe a vocês, é o coração do processo ético. Se a instrução não for bem feita, existirão dúvidas durante que dificultarão o julgamento”, colocou a procuradora Fernanda Sana.
A palestra “Comunicação a Favor da Ética” foi trazida pelo gerente de comunicação do Coren-SP, Leandro Queiroz, que focou na conduta de comunicação e de imagem pessoal ideais exigidas de pessoas que desempenham funções públicas como os membros da CIPE.
Leandro falou sobre conduta profissional, comportamento social e presença digital. “Vocês devem fazer uma análise da rede pessoal de vocês. Suas redes sociais devem seguir, a partir de agora, a nova função de vocês, como representantes do conselho, pois estamos sendo observados o tempo todo e uma postura ética e correta é exigida de cada um de nós”.
Após o almoço, houve uma mesa-redonda da qual participaram o ex-presidente do Coren-SP, James Francisco dos Santos, o conselheiro Marcus Vinicius Oliveira, a conselheira Andrea Cotait e o assessor jurídico Mike Martins dos Santos.
Na mesa, foi falado sobre os detalhes práticos do trabalho da comissão. O ex-presidente James, destacou a questão da conciliação ética: “Criamos uma cultura no Coren-SP de sempre tentarmos a conciliação entre as partes, pois entendemos a importância dessa ferramenta da conciliação ética”, afirmou.
O evento se encerrou com uma palestra feita pelos tesoureiros do Coren-SP, Luciano Santos e Jordevan Queiroz. Os tesoureiros falaram sobre o workflow dos processos éticos e as fases processuais, explicando aos profissionais da Comissão de Instrução de Processos Éticos a utilização prática e detalhada dos sistemas informatizados da autarquia.
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