No Dia da Mulher, profissionais de enfermagem manifestam suas perspectivas

No dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data que frisa a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos conquistados ao longo dos anos e por igualdade de direitos. A data tem relação com a luta feminina por melhores condições de vida e trabalho no final do século XIX, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Também é marcada pelo incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens, que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

Por muito tempo a data ficou esquecida e só ganhou força novamente com o movimento feminista dos anos 60. Em 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU), reconheceu o Dia Internacional da Mulher como uma celebração de conscientização para evitar as desigualdades de gênero. “Ser mulher é sinônimo de superação e luta por igualdade de direitos, liberdade e respeito, em uma sociedade com profundas desigualdades sociais. Parabenizo as profissionais de enfermagem não apenas por esse dia, mas por suas trajetórias de superação constante, que a profissão e, também, a vida pessoal nos exigem”, diz a presidente Renata Pietro.

A presença feminina na enfermagem

De acordo com os dados do IBGE, as equipes de enfermagem são predominantemente femininas, sendo composta por 84,6% de mulheres. É importante ressaltar que muitas profissionais ainda sofrem preconceito e discriminação pelo simples fato de ser mulher.

Neste 8 de março, profissionais de enfermagem que estiveram na sede do Coren-SP manifestaram suas perspectivas e realidade como mulheres. A auxiliar de enfermagem Márcia do Carmo Dionísio fala sobre os desafios de conciliar os dois empregos e o cuidado com a família. “Ser mulher é bem difícil, nós lutamos contra o preconceito, corremos atrás dos nossos objetivos, cuidamos dos filhos, da nossa casa. Muitas vezes não nos dão o devido valor que merecemos, mas não podemos desistir! Isso é só o começo das nossas conquistas. Eu acredito na nossa evolução!”, diz.

Para a técnica de enfermagem, Janaína Lima, a independência financeira da mulher é o que lhe dá liberdade para sobreviver em meio às dificuldades. “Graças aos nossos esforços, não dependemos de parceiro. Saímos cedo e voltamos tarde, é tudo muito cansativo, mas pelo menos temos a nossa liberdade”.

Já a técnica Laila Araújo de Lima explica sobre o preconceito com a maternidade e a fragilidade de ser mulher no ambiente hospitalar. “Qualquer coisa que acontece de errado num atendimento, as pessoas têm mania de por a culpa em nós mulheres. Atuo há cinco anos como técnica e essa é a primeira vez que trabalho registrada, eu tive uma filha e muitas instituições não me contrataram por conta disso. É lamentável”.

Por fim, a profissional Adriana Cássia Almeida parabeniza todas as mulheres, principalmente as profissionais de enfermagem. “Desejo muita força a todas nós, que o nosso trabalho seja reconhecido e valorizado”, declara.

 

A auxiliar Márcia e as técnicas Janaína, Laila e Adriana

 

 

 

 

 

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