Mães que fumam na gravidez aumentam riscos de cardiopatias congênitas nos filhos

Mulheres que fumam no mês anterior a engravidar ou durante o primeiro trimestre da gravidez podem ser mais susceptíveis a ter bebês com cardiopatias congênitas. Esta informação foi publicada na edição de abril da revista médica Pediatrics. As cardiopatias congênitas são o tipo mais comum de defeitos estruturais ao nascimento, que afetam de oito a 10 de cada 1.000 bebês recém-nascidos nos Estados Unidos. Investigadores da Universidade do Arkansas realizaram entrevistas com 7.000 mulheres que tiveram bebês entre 1997 e 2002. O grupo incluiu cerca de 3.100 mães de recém-nascidos com cardiopatias congênitas. As outras mães tiveram bebês sem defeitos ou outras malformações congênitas. As mulheres foram questionadas sobre seus hábitos fumar durante um período de quatro meses, a partir do mês antes da gravidez e que terminou após os três primeiros meses da gestação. 19% delas relataram fumar durante esse período. Comparadas com mães de bebês saudáveis, as mães de bebês com defeitos do septo interatrial (uma comunicação anormal entre as câmaras direita e esquerda do coração), foram 44% mais propensas a informar um tabagismo de até 14 cigarros por dia; tinham 50% mais probabilidade serem tabagistas moderadas (15-24 cigarros por dia); e eram duas vezes mais prováveis de relatar tabagismo intenso (pelo menos 25 cigarros por dia).