Início de tratamento de Aids no Brasil ainda é tardio, revela relatório

Relatório do Ministério da Saúde divulgado ontem, dia 14, mostra que o início do tratamento de Aids no Brasil ainda é tardio e não atinge 100% dos pacientes. O relatório aponta também pontos positivos em relação aos recursos financeiros, impacto da licença compulsória do medicamento anti-retroviral Efavirenz e monitoramento da epidemia. De acordo com os dados, entre os anos de 2003 e 2006, 43,7% das pessoas de 15 anos ou mais que vivem com HIV (50.393) chegaram aos serviços de saúde com deficiência imunológica ou quadro clínico de sintomas da Aids. Desse total, 28,70% (14.462 pessoas) apresentaram quadro clínico mais grave e evoluíram para óbito no início do tratamento. O universo analisado foi de 115.441 pacientes. Estudo de 2006 também mostrou que 94,8% (184.252) das pessoas que necessitavam de tratamento anti-retroviral (194.336) fizeram uso da terapia nesse ano.