Índice de massa corporal pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares

obesidade é um fator de risco conhecido para a ocorrência de doenças cardiovasculares e diabetes. A avaliação de obesidade é feita tradicionalmente através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), dividindo o peso em quilos pelo quadrado da altura em metros. Porém, esse índice não explicava porque certos indivíduos, que após o cálculo não eram classificados como obesos, apresentavam quadros metabólicos com riscos cardiovasculares graves. As pesquisas cientificas apontaram para um novo marcador do risco cardiológico, o aumento de gordura intrabdominal, ou seja, entre as vísceras do interior do abdome. Durante muito tempo a gordura acumulada no corpo foi encarada como um mero depósito do excesso de energia ingerida e não utilizada. Na verdade, o tecido gorduroso pode ser visto como talvez a maior glândula de nosso corpo. Nele são produzidas inúmeras substâncias que têm efeito sobre o metabolismo e o sistema cardiovascular. A dificuldade estava em se conseguir avaliar a quantidade de gordura que existe dentro do abdome. A melhor maneira é através de uma tomografia computadorizada de abdome, o que torna o método inviável para utilização de maneira prática. Porém, ao se comparar as medidas por tomografia computadorizada com a circunferência do abdome medida com uma simples fita métrica, esse método se mostrou confiável. A partir desse ponto a medida de circunferência abdominal se tornou uma ferramenta poderosa para a previsão de risco de problemas cardiovasculares.