Fundamentos de resposta a desastres
No terceiro dia de Fórum, os trabalhos foram abertos com o curso Fundamentos de Resposta a Desastres. Com o objetivo de orientar leigos e profissionais sobre as noções básicas do atendimento a desastres, o curso nasceu a partir do Programa de Resposta a Desastres, que foi reunido em uma série de três livros, lançados pela Associação Médica Brasileira – AMB em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. As obras foram escritas por uma equipe formada por médicos e enfermeiros.
Na abertura do curso, o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, lembrou que o número de vítimas de desastres tem aumentado em todo o mundo, sendo assim é preciso que tanto profissionais de saúde quanto a população estejam preparados para lidar com esta situação.
Apresentado pelo médico Luiz Fernando Falcão, o tema Visão geral dos desastres e emergências em saúde trouxe aos presentes um panorama sobre o assunto, ressaltando que os desastres podem ser causados por fatores naturais, como, por exemplo, tornados e furacões, por fatores humanos, como catástrofes industriais e relacionadas ao transporte, ou ainda podem se apresentar como eventos mistos, como os deslizamentos que são provocados pelas chuvas e se agravam pelos problemas de habitações construídas em áreas de risco.
Na sequência, a enfermeira Denise Kusahara, abordou o tema Preparo de pessoas. A palestrante destacou que não só profissionais de saúde devem estar preparados para as situações de desastres, mas toda a população deve se envolver com o tema. “É preciso discutir sobre as possíveis ocorrências de desastres na área em que se vive e como se preparar para enfrentar esta situação”, enfatizou. Neste caso, o objetivo é garantir que na ocorrência de situações emergenciais as pessoas saibam agir de maneira segura e eficaz.
O módulo Planejamento e preparo da comunidade, apresentado pela enfermeira Maria de Jesus Harada, abordou o planejamento das ações em casos de desastres como uma ação cíclica que deve englobar preparo e treinamento, aquisição de equipamentos, prática, avaliação, correção das falhas, para que assim se dê início a uma nova fase de preparo e treinamento. A mesma palestrante trabalhou, mais tarde, com o tema Legislação e Ética.
O médico Luiz Fernando Falcão também apresentou a palestra Identificação de riscos e modelos de desastres em que destacou a importância em se colocar os desastres em forma de modelos, pois, esta medida, auxilia a compreensão de cada uma das etapas do desastre, permite melhor preparação para evitá-los, reduz a complexidade do evento, além de contribuir para menor perda econômica e de vidas.
O curso foi fechado pelo médico Leonardo Silva que apresentou o módulo Como agir em caso de desastres. Silva abordou os tipos de desastres mais comuns, como deslizamentos, inundações e vendavais, destacando, quando possível, as formas de evitá-los, como se preparar para tais situações, o que fazer durante e depois do evento.