Fiscalização apoia enfermagem da Santa Casa de Presidente Epitácio para condições mais seguras de trabalho e dimensionamento

O Coren-SP esteve nesta quarta-feira (6/2) na Santa Casa de Presidente Epitácio, para oferecer apoio à enfermagem na busca do dimensionamento adequado de profissionais e condições seguras para o exercício profissional.

A instituição atravessa uma fase de mudanças que estão afetando as equipes de enfermagem. Em 1º de fevereiro, a jornada de trabalho da categoria foi alterada – em uma medida administrativa – de 12/36 horas para seis horas diárias, visando economia por meio da redução da quantidade de horas extras. A ação gerou descontentamento entre os profissionais, que antes recebiam as duas folgas de direito em horas extras ao mês e, além disso, causou impacto nas escalas, provocando em alguns casos certa sobrecarga de trabalho em determinados horários.

 

A situação desencadeou uma greve, que teve início em 4/2 e o Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde de Presidente Prudente e região procurou a subseção do Coren-SP para notificar o estado de paralisação e também informar que os funcionários ainda não receberam o 13º salário referente ao ano de 2018. A enfermagem está mantendo quantidade de profissionais mínima necessária para assistência, seguindo o que preconiza o Código de Ética da profissão em casos de estado de greve. Os vereadores também pediram apoio do Conselho.

A chefe técnica da subseção de Presidente Prudente, Juliana Vieira de Carlos Gouvêa, e o fiscal Domingos Luciano do Amaral se reuniram com a administração e provedoria da Santa Casa e com a Responsável Técnica Maria Helena Camilo. “A intenção do Coren-SP é oferecer suporte para que a instituição mantenha o seu pleno funcionamento, até porque é o único hospital do município, e para que a enfermagem trabalhe em segurança. Os profissionais não podem ficar expostos”, disse Juliana.

Eles concluíram os cálculos de dimensionamento para que a enfermagem tenha condições adequadas de trabalho, sem sobrecarga e também foram à I Promotoria de Justiça da cidade. “Mantivemos contato com o promotor e ele nos solicitou o encaminhamento de um relatório da visita e o cálculo de dimensionamento. Também mantive contato telefônico com a prefeita, para  informar a situação encontrada e pedir a colaboração da prefeitura na resolução da situação”, afirma a chefe técnica do Coren-SP.  Além disso, foram constatados pela fiscalização problemas referentes à falta de insumos, roupas de cama e de materiais, que foram circunstanciados no relatório de fiscalização a ser encaminhado ao Ministério Público.

A presidente Renata Pietro  entrou em contato com a RT Maria Helena e reforçou a aproximação e parceria do Coren-SP. “Recebi apoio e me senti fortalecida e amparada em um momento tão difícil que a enfermagem atravessa. Os cálculos de dimensionamento foram esclarecedores e me respaldaram. Agradeço à presidente por ter manifestado apoio”, disse a enfermeira.

“Estamos trabalhando para aproximar o Conselho da enfermagem e apoiar os profissionais em sua busca constante por uma assistência segura. Nosso objetivo é que a enfermagem se sinta acolhida pelo Coren-SP em todo o estado”, disse Renata Pietro. 

Confira a entrevista concedida pela chefe técnica do Coren-SP, Juliana Vieira:

 

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