Excesso de casos de queimaduras de água-viva preocupa autoridades

Foram registrados, até o fim de semana passado, mais de 900 casos de queimaduras por caravelas ?espécie de água-viva – em banhistas do Litoral Sul de São Paulo, especialmente de Praia Grande e Mongaguá. ?Trata-se de um perfil bem acima do que costuma ocorrer na região?, afirma o dermatologista Vidal Haddad Jr., docente da Faculdade de Medicina (FM,) câmpus de Botucatu, especialista em acidentes com animais aquáticos. Após analisar 280 fichas médicas, o médico constatou surto nos dias 29 e 30 de dezembro, em conseqüência do grande número de animais trazidos às praias por correntes marítimas frias. Segundo ele, não houve nenhum caso no dia 2 de janeiro. Conforme o médico, há cerca de 15 anos aconteceu o mesmo no Guarujá, com um grande número de pessoas envenenadas e uma redução súbita do fluxo. O especialista orienta os banhistas a usar como primeiro socorro compressas de água do mar gelada, que tem efeito analgésico. Banhar o local afetado com vinagre também é útil. O médico explica que urina, corticóide, álcool ou Coca-Cola, utilizados pela população para aliviar os sintomas, não têm comprovação científica e seus usos devem ser evitados, sob pena de agravamento do quadro.