Evento na sede do Coren-SP aborda saúde mental dos profissionais e humanização no atendimento
A sede do Coren-SP foi palco na última quarta-feira (27) do evento “Adoecimento mental e o atendimento humanizado”, que abordou a saúde mental dos profissionais de enfermagem e também as especificidades do atendimento a pacientes com sofrimento psíquico.
A abertura do evento foi realizada pela conselheira Maria Cristina Massarollo, que destacou ações do Coren-SP em prol da saúde mental, como a sondagem sobre adoecimento e a campanha do Setembro Amarelo.
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A conselheira Maria Cristina Massarollo e a voluntária do CVV Elaine Macedo
A mesa-redonda “O papel da enfermagem no atendimento humanizado a pacientes com adoecimento mental” foi iniciada com um momento de reflexão: o depoimento de Terezinha Máximo, que perdeu sua filha Marina vítima do suicídio. Terezinha contou a experiência de um atendimento equivocado e que foi um agravante fatal para Marina. “Depressão não sai em exame”, comentou ela, fazendo um apelo por quebras de preconceito no atendimento a pacientes que tenham praticado tentativas de suicídio.
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Terezinha Máximo compartilhou sua trajetória
Elaine Macedo, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), comentou que é necessário encontrar um caminho de conhecer a nós mesmos para que se conheça melhor o outro. “O respeito é o ato de se relacionar com a outra pessoa pelo simples fato de ela existir”, destacou. Para ela, o atendimento humanizado começa “de dentro para fora”, sendo definido em quatro palavras: compreender, confiar, aceitar e respeitar.
A enfermeira Sabrina Verjas de Almeida, diretora de enfermagem do Hospital Lacan, de São Bernardo do Campo, destacou características do atendimento ao paciente psiquiátrico, bem como alguns desafios enfrentados no cotidiano: “Muitas vezes existe uma segregação, baseada apenas em preconceito. Precisamos mudar essa visão, pois a discriminação provém muitas vezes de falta de conhecimento. Não se pode comparar dor física com adoecimento mental”.
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A enfermeira Sabrina Verjas de Almeida abordou o atendimento a pacientes com adoecimento mental
Sabrina defendeu algumas definições para humanização: a oposição à violência física e psicológica, o reconhecimento das necessidades emocionais e culturais, a oferta de atendimento de qualidade e a melhoria das condições de trabalho. “A educação continuada, a sensibilização e a comunicação são importantes formas de se atingir esse objetivo”, avaliou.
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Mesa redonda “O papel da enfermagem no atendimento humanizado a pacientes com adoecimento mental”
Na sequência, um momento de descontração e reflexão foi protagonizado por Anderson Mendes e Emílio Rocha, que realizaram uma interação com o público sobre a valorização da vida. Anderson é autor do projeto “Depressão não é frescura”, disponível em seu canal no YouTube. Já Emílio é instrutor do projeto Clownterapia, com intervenções do universo clown (palhaços).
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Emílio Rocha e Anderson Mendes abordaram a valorização da vida de forma lúdica e interativa
O evento foi concluído com palestra realizada por Lucas Velloso, idealizador do programa Abraçaê, que tem como missão espalhar a cultura de abraços e atos de gentileza no dia a dia, de forma a favorecer a reconexão humana.
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Lucas Velloso, do programa Abraçaê, destacou os benefícios dos abraços para o bem-estar