Evento das Câmaras Técnicas discute formação do técnico e do auxiliar de enfermagem e o exercício profissional
As Câmaras Técnicas do Coren-SP promoveram o evento “A formação do técnico e do auxiliar de enfermagem e o exercício profissional”, realizado no auditório da sede da autarquia e transmitido online nesta quinta-feira (21).
O evento teve a participação das conselheiras Maria Madalena Januário Leite e Wilza Carla Spiri, representando as Câmaras Técnicas e teve participação da vice-presidente do Coren-SP, Erica Chagas, na abertura oficial, assim como da presidente da ABEn-SP, Ana Lygia Melaragno.
“Quisemos fazer este evento pois acompanhamos os técnicos e auxiliares de enfermagem pelos cursos que damos e recebemos muitos questionamentos e dúvidas sobre o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e sobre a Lei do Exercício Profissional”, colocou a conselheira Maria Madalena Januário Leite.
Já a presidente da ABEn-SP agradeceu ao Coren-SP pelo convite para participar do evento: “O assunto que será discutido aqui hoje é muito importante e é uma satisfação para a ABEn-SP participar deste momento”.
Já a vice-presidente do Coren-SP, Erica Chagas, deu as boas vindas aos participantes, destacando a importância de se discutir as questões ligadas aos técnicos e auxiliares de enfermagem, que são a maioria dos profissionais registrados no conselho: “Sejam todos bem-vindos. É sempre um prazer poder participar destes espaços de construção onde fortalecemos a enfermagem para avançar e discutir a formação. Como professora, acredito na educação como forma de avançarmos”.
A primeira palestra do evento foi sobre o tema “Os processos éticos e a formação do técnico e do auxiliar de enfermagem”, feita pelas conselheiras Maria Madalena Januário Leite e Wilza Carla Spiri.
A conselheira Wilza falou sobre o funcionamento das Câmaras Técnicas, sua atuação e a importância dos documentos emitidos por elas, como os pareceres e orientações fundamentadas.
Já Maria Madalena falou de forma mais específica sobre as denúncias éticas e erros comuns cometidos pelos profissionais do nível médio. “A maior parte das condutas errôneas do auxiliar e do técnico de enfermagem são por desconhecimento do Código de Ética e da legislação, daí a importância de conhecermos a lei e o código de ética e aplicarmos eles”, afirmou Maria Madalena, ressaltando a importância da formação adequada desses profissionais no tocante à legislação e ética.
Ela também deu uma breve explicação sobre os processos éticos no Coren-SP e sobre as denúncias mais comuns recebidas pelo conselho envolvendo os profissionais de nível médio. “Temos recebidos denúncias de técnicos e auxiliares fazendo procedimentos que não lhes cabe, sobretudo no período noturno, quando em muitas instituições eles ficam solitários sem o acompanhamento dos enfermeiros”.
A segunda palestra da parte da manhã foi feita pela professora Paulina Kurcgant, sobre o tema “A estrutura organizacional e as competências ético-políticas”.
Paulina destacou em sua fala a importância de o profissional enfermeiro incluir os técnicos e auxiliares nos processos da instituição e da assistência.
Uma de suas falas mais impactantes foi sobre a necessidade de se desenvolver a enfermagem enquanto ciência dentro do ambiente assistencial. “Temos que acoplar o processo assistencial ao processo investigativo. A ciência da enfermagem é construída no dia a dia e assim deve ser. Isso significa empoderamento profissional para o grupo todo. Quando um trabalho científico oriundo do dia a dia assistencial é publicado, isso beneficia tanto o enfermeiro quanto o técnico e o auxiliar de enfermagem que participaram da construção desse trabalho”, colocou.
Na parte da tarde, os participantes fizeram uma oficina onde discutiram o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e a Lei do Exercício Profissional no âmbito da formação do técnico e do auxiliar de enfermagem.
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