Evento das Câmaras Técnicas discute formação do enfermeiro e exercício profissional

O Coren-SP sediou nesta quinta-feira (30) o evento “A Formação do Enfermeiro e o Exercício Profissional”, promovido pelas Câmaras Técnicas da autarquia com o objetivo de promover uma troca de experiências sobre o ensino superior e discutir como a formação impacta no exercício profissional dos enfermeiros que ingressam no mercado de trabalho.

Em formato híbrido online/presencial, o evento foi realizado no auditório da sede da autarquia e contou com uma mesa de abertura com a participação da vice-presidente do Coren-SP, Erica Chagas; da presidente da Associação Brasileira de Enfermagem – seção São Paulo (ABEn-SP), Ana Lygia Melaragno; da conselheira coordenadora das Câmaras Técnicas do Coren-SP, Wilza Spiri e da conselheira coordenadora da Câmara Técnica de Educação e Pesquisa, Maria Madalena Januário Leite.

A mesa de abertura

“É um grande prazer trazer ao Coren-SP um espaço de discussão onde falamos sobre formação profissional. Estou atualmente no conselho, já estive na assistência e também sou professora. Essa visão da enfermagem por diferentes ângulos faz com que vejamos que em todas essas dimensões há uma responsabilidade que temos em relação à formação dos enfermeiros”, colocou a vice-presidente da autarquia, Erica Chagas.

O evento foi organizado pelas Câmaras Técnicas do Coren-SP

Já a presidente da Aben-SP, Ana Lygia Melaragno, aproveitou a ocasião para parabenizar a iniciativa: “parabéns às Câmaras Técnicas por termos um espaço onde possamos discutir a educação, que é cada vez mais penalizada por tentativas de sucateamento. Este discussão ética fará muita diferença no futuro de nossos profissionais”, colocou.

A primeira palestra do evento foi feita por Paulina Kurcgant, ex-conselheira do Coren-SP, professora emérita da Escola de Enfermagem da USP e especialista em gestão em enfermagem. O tema da aula ministrada por Paulina foi “As Competências Técnico-científicas, Ético-políticas e Socioeducativas do Enfermeiro para o Exercício Profissional”.

A professora Paulina Kurcgant falou sobre o empoderamento do enfermeiro por meio da conscientização sobre sua importância e seu próprio processo de trabalho

Um dos principais tópicos trazidos pela professora à discussão foi o papel primordial cumprido pelas competências ético-políticas dos profissionais de enfermagem na estrutura organizacional dos serviços de saúde, de educação e em toda organização que tenha profissionais de enfermagem em seu quadro.

“Os enfermeiros devem participar na elaboração das políticas institucionais e, prontamente, nas políticas que regem a gestão de recursos humanos. Também tomam parte na discussão e análise do organograma institucional objetivando o conhecimento e a influência da estrutura formal nas relações de poder”, colocou.

A gestora enfermagem e professora Valnice Nogueira, membro das Câmaras Técnicas, moderou um momento de perguntas e respostas entre o público e a professora Paulina Kurcgant

Paulina trouxe também sua classificação dos processos de trabalho de enfermagem, que para ela são quatro e se permeiam: gerenciar, cuidar, pesquisar e ensinar. “O cuidado é sem dúvida nosso principal processo de trabalho e é o campo onde temos avançado com mais firmeza, quando nos colocamos como profissionais competentes tecnicamente”, esclareceu.

Wilza Spiri, coordenadora das Câmaras Técnicas, apresentou esse importante órgão técnico do Coren-SP

Após a presentação de Paulina, as conselheiras Wilza Spiri e Maria Madalena Januário falaram sobre as Câmaras Técnicas do Coren-SP, sua atuação, estrutura e fluxos de trabalho. Após uma apresentação feita pela coordenadora do órgão, Wilza Spiri, a conselheira Maria Madalena Januário falou também sobre os processos éticos no Coren-SP.

A conselheira Madalena Januário Leite falou também sobre os processos éticos contra profissionais de enfermagem e suas principais causas evitáveis

“Uma das lacunas que aparecem nos processos éticos é o registro adequado. Sem ele, ficamos de mão atadas e não conseguimos nos defender mesmo quando agimos corretamente. Os problemas com anotação de enfermagem continuarão enquanto não nos conscientizarmos que isso é uma questão ético-legal”, explicou Madalena.

Na parte das tardes, os participantes reuniram-se em oficinas

No período da tarde, foram realizadas oficinas com os participantes do evento – a maioria professores e coordenadores de cursos de graduação em enfermagem. Nas oficinas, foram elaboradas propostas para o aprimoramento do ensino da enfermagem.

Galeria de imagens

Saiba mais