Estudo apresenta novas formas de tratamento à anemia falciforme

A anemia falciforme (doença hereditária que atinge em média um a cada cinco mil recém-nascidos) acaba de ganhar novas perspectivas no tratamento, revela um estudo de pós-doutorado desenvolvido pela pesquisadora Carla Fernanda Franco Penteado e outros cientistas do Hemocentro da Unicamp, sob orientação do professor Fernando Ferreira Costa. A descoberta é importante por tratar-se da primeira informação deste tipo na literatura mundial e, também, pode contribuir para um melhor entendimento dos mecanismos que conduzem à hipertensão pulmonar na anemia falciforme. Pela primeira vez, a cientista Carla constatou a relação entre as enzimas metaloproteinases (MMPs) com a anemia falciforme. De acordo com a pesquisa, os resultados sugerem que as MMPs, principalmente a MMP-9, desempenham papel importante na patogênese da doença, podendo tornar-se alvo terapêutico no tratamento de suas manifestações clínicas, como por exemplo a hipertensão pulmonar, reconhecida como maior causa de complicações nos pacientes afetados. O estudo foi premiado pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia com o 1º lugar entre os trabalhos apresentados no IV Simpósio Internacional de Hemoglobinopatias, no Rio de Janeiro.