“Estaremos aqui para salvar vidas e faremos o possível para superar a pandemia”, diz enfermeira que gerencia Hospital de Campanha do Anhembi

Com o aumento do número de casos de pacientes com Covid-19, o Hospital de Campanha montado no Centro de Exposições do Anhembi (HMCamp Anhembi), na zona norte de São Paulo, já recebe os pacientes diagnosticados com coronavírus.

A enfermeira Elizabete Mitsue Pereira, juntamente com o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), é a responsável por gerenciar a implantação e o monitoramento dos 1.500 leitos.

A enfermeira Elizabete Mitsue Pereira também é gerente de projetos do Iabas

Segundo Elizabete, o Iabas tem um papel importante na rede de assistência à saúde e, consequentemente, na ampliação e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), desempenhando um trabalho sólido junto à Prefeitura de São Paulo.

“Atualmente, o instituto faz a gestão de contratos no município das regiões do centro e norte de São Paulo, sendo que, este último, a prefeitura incorporou o Hospital de Campanha do Anhembi sob a gestão do Iabas. Sabemos que o desafio é grande, porém a equipe está muito empenhada em salvar vidas. Dessa forma, as dificuldades se dissipam e o humanitarismo se sobressai”, conta.

A enfermeira explica que toda a diretriz de estruturação foi amplamente discutida e validada com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A definição de fluxos, protocolos operacionais e assistenciais foram construídas pela equipe gestora do HMCamp Anhembi, baseado em guidelines e publicações atuais, sempre preservando a segurança do funcionário e do paciente.

“Já foram definidos indicadores que serão monitorados pelo sistema informatizado para gestão dos leitos. Os indicadores serão disponibilizados em um dashboard, permitindo a análise gerencial e o planejamento estratégico em tempo real. Esses dados serão compartilhados continuamente com a Secretaria Municipal de Saúde”, explica.

Elizabete também teve a responsabilidade de analisar e planejar todas as fases necessárias para poder entregar o hospital no prazo determinado, garantindo assim seu funcionamento de forma integrada. “Coordeno os processos e ações de tal forma que estejam articuladas e sincronizadas para que cumpramos com maestria o objetivo final: o acolhimento e o tratamento da população de forma segura, humanizada e qualificada”, ressalta.

A enfermeira se diz lisonjeada pela oportunidade desafiadora. Para ela, a enfermagem tem um papel essencial em todos os níveis de atenção para combater a pandemia: na atenção primária, o enfermeiro atua na promoção e prevenção; na secundária, o enfermeiro é o profissional que, na maioria das vezes, tem o primeiro contato com o paciente, e é por meio de sua capacidade técnica que ele classifica os casos por nível de gravidade; já na terciária, além de desempenhar todas as ações já citadas, e de permanecer em tempo integral com o paciente, são identificadas as alterações clínicas e a recuperação do paciente.

“Dentre os profissionais da saúde, a enfermagem é a categoria que possui maior número, uma vasta diversidade de atuação, o que permite uma posição de liderança para ser um grande protagonista no combate à propagação da doença. Estaremos aqui para salvar vidas e faremos o possível para superar a pandemia. Cada orientação e cuidado humanizado e qualificado que prestamos reverbera na recuperação da saúde”, destaca.

Para Elizabete, o verdadeiro legado da enfermagem é quando o profissional faz o seu melhor, para as mudanças significativas que podem transformar a vida de uma pessoa ou de uma comunidade.

Como posso ajudar?