Estado de SP registra menor taxa de mortalidade infantil da história

A mortalidade infantil no Estado de São Paulo caiu 61,8% nos últimos 20 anos e atingiu, em 2010, o menor nível já registrado. É o que aponta o mais recente balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade. A taxa de mortalidade mede o número de óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada mil nascidas vivas. A taxa é o principal indicador da saúde pública segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

O índice do ano passado ficou em 11,9, contra 31,2 em 1990. Nos últimos 10 anos a queda foi de 30%.

O aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a ampliação do acesso ao pré-natal, a expansão do saneamento básico e a vacinação de crianças pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são os principais motivos para a queda na taxa de mortalidade infantil no Estado, de acordo com a Secretaria da Saúde.

De acordo com o levantamento, 76,1% das grávidas do Estado de São Paulo passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Regiões

De 17 regiões de Saúde no Estado, 13 tiveram em 2010 redução do índice na comparação com o ano anterior, sendo que nove atingiram os menores patamares da história.

A região de Barretos apresentou, em 2010, o menor índice de mortalidade infantil do Estado, com 8,1 óbitos por mil nascidos vivos, seguida pela região de São José do Rio Preto, com 9,6, e de Franca, com 11,1.

Na comparação com 2009, as regiões de Franca e da Baixada Santista apresentaram as maiores reduções no índice, de 28,7% e 19,6%, respectivamente.

Capacitação

Desde 2009 a Secretaria de saúde adotou modelo de treinamento internacional para formar especialistas em emergências obstétricas. Cerca de 1,5 mil enfermeiros e médicos servidores do SUS já participaram do curso Advanced Life Support in Obstetrics, idealizado pela American Academy of Family Phisicians para qualificar a assistência ao parto.

Evolução da taxa de mortalidade infantil no Estado (por mil nascidos vivos):
1990: 31,2
1995: 24,5
2000: 17,0
2005: 13,4
2010: 11,9

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