Enfrentamento de preconceitos na assistência e desafios no SUS abriram programação do 12º CBCENF

A programação científica do 12º CBCENF teve início na manhã desta quarta-feira, 30 de setembro, com a participação de centenas de profissionais.

No período da manhã, na palestra “Desafios da Implantação do SUS”, o palestrante Marcus Vinicius Quito traçou um breve histórico sobre as abordagens das políticas de saúde no Brasil no século XX, passando pela reforma sanitária, ao final dos anos 1970 – em que se buscou como paradigma a promoção à saúde e a atenção primária -, e pela Constituição de 1988, que definiu como um dos deveres do Estado a garantia de direitos sociais – dentre eles, a oferta universal de serviços de promoção, prevenção e assistência à saúde.

“A saúde é um direito social e, como tal, deve contar com profissionais preparados para atender a todos, universalmente, seja qual for o gênero sexual do paciente.” O alerta foi emitido pela psicóloga Tatiana Lionço, durante a mesa-redonda “Solidariedade plural: enfrentamento de preconceitos”, que é parte da programação científica do 12º CBCENF – Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem.

Atuante no campo de Políticas Públicas sobre direitos sexuais e direitos humanos, a psicóloga lembrou aos profissionais de enfermagem que eles devem estar preparados para lidar com a diversidade humana, de forma mais solidária e fraterna. “Homossexuais, travestis e transexuais devem ser atendidos pelo profissional de saúde sem que se vincule sua condição de paciente à sua sexualidade ou gênero. São todos cidadãos, que precisam ser ouvidos, que merecem um atendimento humanizado e que têm direito à dignidade”, lembrou a palestrante.

O 12º CBCENF contece entre os dias 29 de setembro de 02 de outubro, no Expominas, em Belo Horizonte, e conta com a participação de cerca de oito mil inscritos, entre profissionais de enfermagem e estudantes.