Enfermeiro conta história de superação na enfermagem em novo romance

Dando espaço ao desejo de iluminar a carreira de escritor, o enfermeiro Clayton Sousa iniciou o pré-lançamento de sua nova publicação “Retorcida Casca”, livro que conta a história de Marcelina, enfermeira e mãe solo que procura novas visões sobre sua história durante as consultas com sua psicanalista. Lançado pelo Grupo Editorial Caravana, o romance intimista tem como objetivo homenagear sua profissão, que pratica há mais de 20 anos e, sobretudo, as diversas histórias de superação protagonizadas por enfermeiras, técnicas e auxiliares, base da enfermagem brasileira.

“A simplicidade com que Marcelina leva sua vida contrasta profundamente com a dolorosa complexidade que lhe define como mulher”, conta o Grupo Editorial

Para a produção da obra, Clayton contou que, apesar de sua longa experiência dentro de instituições de saúde e com inúmeras profissionais de enfermagem de sucesso, foi necessário que ele incorporasse a rotina enfrentada por Marcelina para a construção do texto. Ainda, o autor destacou o esforço realizado para manter o relato o mais próximo possível da realidade da maioria dos profissionais de enfermagem, de forma que gerasse alguma identificação. “Eu fiz uma imersão, um trabalho de campo mesmo. Demorei 3 meses para poder elaborar e construir a estrutura principal do texto. Por ser um hospital que não conhecia e nunca trabalhei, fiz questão de fazer o trajeto de metrô que Marcelina faz, do lugar onde ela mora até o hospital, e percorrer aqueles corredores para poder trazer mais verdade para elaboração do texto”, comenta.

A narrativa perpassa temas comumente apresentados na vida dos profissionais, entre os quais Clayton cita o enfrentamento de desafios diários e dificuldades nos relacionamentos interpessoais.

O escritor também citou que procurou atribuir uma percepção de consciência de classe à personagem principal, pois vê nesse discernimento uma ferramenta importante de valorização da categoria e também de mudança social. “Por vezes, eu atribuo as dificuldades que a Marcelina possui com a equipe dela à ausência de recursos ofertados e à sobrecarga de trabalho”, concluiu.

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