Enfermeira elabora instrumentosobre fluxo de encaminhamento de paciente ao PROIID na alta hospitalar

O Programa Interdisciplinar de Internação Domiciliar (PROIID) do Hospital das Clínicas de Marília – HC FAMEMA em conjunto com a Secretaria do município, está inserido em uma rede hierarquizada de atenção à saúde e se propõe a prestar cuidados domiciliares para indivíduos que são encaminhados dos serviços de saúde de Marília. A enfermeira e coordenadora da internação domiciliar, Sônia Maria Leopize Takano, elaborou um instrumento sobre o fluxo de encaminhamento de paciente ao PROIID na alta hospitalar para auxiliar na organização do cuidado no domicílio.

Considerando que o planejamento da alta hospitalar se inicia no momento da admissão do paciente na unidade de internação e que isso também envolve o planejamento para o cuidado domiciliar, ela conta que é de extrema importância o envolvimento do responsável ou do cuidador com  as equipes multiprofissionais do hospital, para assim, ter sucesso na alta do usuário e a permanência deste no ambiente familiar.

A enfermeira e coordenadora do PROIID, Sônia Maria Leopize Takano

Após o recebimento da ficha, a equipe do PROIID planeja a visita de avaliação dos critérios para a internação domiciliar que se pautam em: pacientes com condições clínicas estáveis, disposição de cuidadores capazes de colaborar e em condições de compreender as orientações, acompanhar o usuário e contribuir com informações sobre seu estado de saúde e disposição de moradia com condições adequadas de higiene e saneamento.

Equipe multidisciplinar do hospital

Sônia conta que o estudo foi iniciado por ela e implementado conforme as vivências da equipe multiprofissional do PROIID, que conta com enfermeiros e auxiliares de  enfermagem, médico, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo. “Muitos pacientes que necessitam de apoio para o tratamento e cuidado em domicílio são encaminhados para internação domiciliar. Porém, muitas equipes de trabalho se deparavam com algumas dificuldades na organização desse cuidado para alta hospitalar, talvez pela falta de atenção na integralidade das necessidades de saúde ou do devido conhecimento, o que impactava ainda mais na segurança do cuidado desse paciente na sua própria residência”, explica.

Segundo a coordenadora, o aprimoramento profissional é incessante e os pacientes são os maiores incentivadores para a busca do cuidado holístico e humanizado. “Sou enfermeira há 34 anos e sinto necessidade de aprimorar cada vez mais os meus conhecimentos e minhas práticas profissionais, com o mesmo entusiasmo de quando iniciei a minha carreira. Sinto-me realizada na busca por melhorias na assistência ao paciente em domicílio. Nós nos deparamos com a singularidade do cuidado e essa vivência favorece a nossa cidadania”.

Sônia ao lado de um dos pacientes que ela e sua equipe prestaram assistência

Para Sônia, a enfermagem exerce um papel muito relevante em qualquer cenário do cuidado, pois ela é responsável por avaliar, escutar, compartilhar, educar e cuidar, tanto do paciente como da família.

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