Enfermeira cria Prontuário Afetivo em hospital de São José dos Campos

Desde que a pandemia teve início, o contato físico entre as pessoas diminuiu bastante, por conta de todos os cuidados de segurança adotados contra a Covid-19. Dentro dos hospitais, ficou ainda mais evidente o quanto a distância dos familiares afeta na recuperação dos pacientes. Pensando em uma forma de oferecer um atendimento mais humanizado, a enfermeira Teriane Meireles Fernandes teve a ideia de adotar o prontuário Afetivo, na UTI do Hospital Policlin de São José dos Campos.

Enfermeira intensivista Teriane Meireles

“É um gesto simples que gera um impacto positivo em nossa assistência, possibilita um atendimento único e personalizado enquanto o paciente aguarda o tempo necessário para receber alta hospitalar. As informações são coletadas com as famílias e, quando possível, junto ao paciente. As perguntas incluem se a pessoa é mãe/pai, esposa/esposo, avó/avô, quais suas preferências e hábitos, se o paciente tem animais de estimação, seu apelido, e outros dados pessoais”, descreve Teriane.

Teriane sabia que, com as visitas restritas, os pacientes se sentiam mais sozinhos e, por isso, achou uma maneira de trazer mais alegria e aconchego para dentro da UTI. A enfermeira descobriu na internet os Prontuários Afetivos. “Eu queria aproximar o paciente da equipe, saber mais sobre aquela pessoa, de forma que o prontuário ficasse mais parecido com uma carta pessoal. Inclusive, as letras e as folhas usadas nele são de cor diferente do habitual, ficando mais divertido e emocionante”, expressa a enfermeira.

Modelo de um prontuário afetivo

O projeto foi introduzido nos plantões em abril deste ano e, desde então, a enfermeira nota que os pacientes e familiares se sentem mais amparados e seguros, sabendo que existe humanização no hospital e que a equipe de enfermagem oferece cuidados até nos pequenos detalhes.

“Realizar esse tipo de atendimento faz toda diferença, é extremamente gratificante poder contribuir positivamente na vida de alguém. Sinto-me honrada e muito feliz, principalmente por todo apoio que recebi da Policlin e da equipe multidisciplinar”, diz Teriane, orgulhosa.