Enfermagem do Hospital Geral do Grajaú fortalece o parto humanizado

Nos últimos anos vem crescendo o debate sobre parto humanizado. Esse conceito não se trata de um tipo de parto e sim um atendimento especialmente voltado para a mãe e para o bebê, sendo eles os protagonistas dessa história, de forma que ela tenha a liberdade de tomar as decisões em relação ao nascimento do seu filho, sem comprometer a saúde e bem-estar de ambos.

O Hospital Geral do Grajaú é referência nesse assunto. As enfermeiras obstetras iniciaram esse tipo de assistência em 2014 e desde então essa prática vem se fortalecendo. Hoje, o dimensionamento no centro do parto humanizado é 100% de enfermeiras obstetras, que há um ano conquistaram o registro de especialista. “Em 2017, após algumas mudanças institucionais passamos a ter enfermeiras mais atuantes, através de capacitações e conhecimentos. Aos  poucos fomos ganhando espaço e trabalhando em parceria com a equipe médica,” disse a enfermeira e responsável técnica do Hospital Geral Grajaú, Raquel de Fátima Linchy.

O trabalho que a equipe de enfermagem realiza faz toda a diferença. A instituição conta com uma equipe multidisciplinar que oferece todo suporte de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. A prioridade é respeitar a mulher nesse momento, entender suas angústias e ficar ao seu lado dando todo suporte necessário.

Equipe de enfermagem do Hospital Geral do Grajaú

A unidade faz parte dos Hospitais Amigos da Criança e da rede cegonha. No decorrer dos anos, foram aprimorando seus protocolos de atendimento sempre em busca de melhorias e hoje possuem ACCR (Acolhimento e classificação de risco em Obstetrícia), manual de boas práticas na assistência ao parto, amamentação na primeira hora, entre outros. “Preconizamos o parto normal e tentamos mostrar para as pacientes os benefícios. Temos uma taxa de cesáreas baixa que não chega a 30%,” disse Patrícia Almeida Gonçalves, enfermeira sênior do Centro de Parto Humanizado.

Mesmo sendo uma prática que vem crescendo, a maior dificuldade é desconstruir a ideia de que o parto normal é um momento de sofrimento, traumático, cheio de intervenções. Apesar de apresentar de dor, que faz parte do processo do trabalho de parto, ele pode ser leve e com boas experiências. Dar à luz é um processo natural e as mulheres podem ter um parto mais humano e próximo do seu bebê e de sua família. “Acredito que as enfermeiras obstetras estão em um momento de emponderamento, de busca por conhecimento com o objetivo de mudar a forma de nascer, que nos últimos anos vem sendo tão intervencionistas.”