Diferenças culturais afetam a forma como pacientes encaram a depressão

Uma pesquisa do Centre of Addiction and Mental Health, no Canadá apontou que considerar as diferenças culturais dos pacientes pode ajudar os médicos a diagnosticar e tratar melhor a depressão. O estudo é fruto de colaboração entre cientistas da China e do Canadá e avaliou quase 300 pacientes através de relatos espontâneos do problema, entrevistas estruturadas e questionários sobre os sintomas. Os resultados indicaram que os chineses e outros orientais tendem a enfatizar os sintomas físicos decorrentes da depressão, como fadiga, baixa energia e dores de cabeça, minimizando os sintomas psicológicos. Os pacientes canadenses, no entanto, mostraram-se mais aptos a reclamar de aspectos psicológicos, como sentimentos de tristeza, de culpa e de falta de valor. A pesquisa mostra, porém, que as dificuldades em identificar sintomas ou descrevê-los para os outros não difere significativamente em diferentes culturas, e essas descobertas podem ajudar os especialistas na identificação da depressão.