Coren-SP participa de Simpósio do Cremesp sobre dilemas éticos em UTI

O 2º Simpósio sobre Dilemas Éticos e Bioéticos em UTI, promovido pelo Cremesp, na capital, nos dias 19 e 20 de fevereiro, teve a participação da conselheira e professora Maria Cristina Massarollo na mesa de encerramento do encontro. A discussão sobre “A equipe multiprofissional em UTI”, mediada pela médica Rosa Goldstein Alheira, contou, ainda, com integrantes dos conselhos de Fisioterapia (Crefito), Nutrição (CRN3), Psicologia (CRP-SP), Fonoaudiologia (CRFa 2 Região) e Farmácia (CRF-SP).

A professora Maria Cristina Massarollo (Coren-SP), o fisioterapeuta Wander de Oliveira Villaba (Crefito), a psicóloga Juliana Santos Batista (CRP-SP) e os médicos Rosa Goldstein e Marcelo Moock (Cremesp)

O médico Marcelo Moock, da Câmara Técnica de Medicina Intensivista do Cremesp, apresentou um caso ocorrido num sábado, numa UTI de 10 leitos de um hospital de ensino de São Paulo, o qual terminou com o acionamento desnecessário da Polícia Militar. O dilema ético enfrentando pela equipe multiprofissional envolveu médico, enfermeira e uma residente de farmácia, girando em torno da queda de potássio em um paciente estável e  de um pedido de exame para controle de uma vancocinemia.

A conselheira e professora Maria Cristina Massarollo representou o Coren-SP na mesa de encerramento do Simpósio

A questão do relacionamento interpessoal, da falta de comunicação e de orientação à residente foram pontos levantados pelos debatedores e pela plateia. “O trabalho numa equipe multidisciplinar requer habilidades que passam pelo reconhecimento e pela valorização do papel de cada um  dos profissionais envolvidos. É preciso saber escutar e expressar suas opiniões com argumentos”, destacou a conselheira Maria Cristina Massarollo.

Para o representante do Crefito, Wander de Oliveira Villaba, ficou clara a falta de habilidade dos envolvidos. “O caso escancara o limite de cada um e a disputa pelo espaço do saber. A falta de comunicação é evidenciada no momento que se usa a ameaça da força policial”, pontuou. Da plateia, o médico Renato Azevedo destacou a necessidade de uma mudança de postura na área da Saúde. “O avanço da ciência é tão rápido, tão acelerado que não há como o médico querer dominar toda a ciência médica. Temos que ver de forma positiva o impacto da atuação da equipe multidisciplinar e reconhecer a importância dos outros profissionais para o bem-estar do paciente”, argumentou.

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