Coren-SP participa de lançamento do programa sobre inovação em saúde mental na USP
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) inauguraram, nesta quarta-feira (15), o Centro Nacional de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM). Com a participação do corpo docente, entidades representativas da saúde e reitoria, a cerimônia ocorrida no Instituto de Psiquiatria (IPq) deu início às atividades do espaço voltado para o desenvolvimento de estudos na área da neurociência de precisão.
Entre os temas apresentados ao longo do evento, a importância da teorização de temas acerca da saúde mental e o fomento à pesquisa como ferramenta de promoção do bem-estar da população estiveram constantemente em pauta. O neurocirurgião e reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, classifica os tópicos como tema predominante no ambiente acadêmico e parabeniza as instituições participantes e o Ipq pela iniciativa. “Não podemos resolver um problema sem que haja pessoas trabalhando para conhecê-lo”, comenta.
Como representante do Coren-SP no evento, a conselheira Madalena Januário acredita que os resultados denotados a partir da realização das pesquisas resultam no aprimoramento da assistência, tanto do paciente, quanto dos familiares envolvidos no processo e afirma que a ciência produzida a partir desses trabalhos auxilia na criação de novas práticas de prevenção. “A grande preocupação desse projeto é inovar, na saúde mental via remota e também fazer uma pesquisa aplicada, na qual a população participe. E para sua realização, a atuação da enfermagem é imprescindível.”
O enfermeiro em Psiquiatria e Saúde Mental Multiprofissional, Kenny Paolo Ramponi, comenta a atuação da enfermagem na saúde mental com análise sobre o programa Primeiros Laços, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes (INPD). O programa, que tinha como objetivo comprovar como os fatores socioeconômicos comprometem o cotidiano e as funções mentais da população em situações adversas, realizava visitas com enfermeiras e enfermeiros para instruir os cuidados básicos e promover o desenvolvimento infantil. Ainda, Kenny classifica a atuação da enfermagem como “ampla, complexa e inerente ao projeto”.
Por fim, o pesquisador responsável e coordenador do projeto na USP, Eurípedes Constantino Miguel, enxerga no projeto um forte instrumento de transformação social. “O CISM tem potencial para transformar a pesquisa em saúde mental no país, tornando-a mais consistente e orientada a um propósito social”, finaliza.
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