Coren-SP lota auditório no 26º CBCENF abordando realização de sutura simples por enfermeiro

O Coren-SP realizou na manhã desta quarta-feira (18) a palestra “Sutura simples pelo enfermeiro: aspectos técnicos, éticos e legais” durante o 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), promovido pelo Cofen e pelo Coren-PE e que ocorre até amanhã no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife (PE). Cerca de 500 participantes acompanharam presencialmente a atividade, que também foi transmitida online pela plataforma CofenPlay.

A atividade foi conduzida pelo presidente do Coren-SP, Sergio Cleto, pelos conselheiros paulistas Vinicius Batista, Sonia Gonçalves, Andreia Cotait e Daniel Rodrigues, e moderada pela enfermeira Marisa de Miranda Rodrigues, chefe de fiscalização do Cofen.

O presidente do Coren-SP destacou a autonomia da enfermagem para a realização do procedimento. “A enfermagem está permitida a realizar sutura simples para facilitar o acesso a esse tipo de procedimento para a população”, analisou.

Ele também destacou que o procedimento, por ter sido recentemente aprovado pela Resolução Cofen nº 731/2023, não fez parte da graduação de muitos profissionais e a necessidade de capacitação para os enfermeiros é essencial. “O sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem se preocupa com a atualização dos profissionais e a realização correta da sutura simples por enfermeiro e, por isso, o Coren-SP vai lançar um curso sobre o tema”, divulgou Sérgio. O conteúdo deverá estar disponível em formato presencial a partir de outubro e será posteriormente expandido também para o formato híbrido (presencial e online), para atingir a maior quantidade de profissionais pelo estado.

“A utilização do tipo correto de fio e da aplicação da tensão adequada são essenciais para evitarmos causar outra lesão, portanto a prática é essencial”, analisou a conselheira Sonia Gonçalves, que também detalhou as formas corretas de inserção da agulha e na orientação de cuidados pelo paciente no ambiente residencial.

O conselheiro Vinicius Batista destacou a necessidade de observação aos registros de enfermagem, ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, ao dimensionamento de pessoal e à realização de protocolo aprovado na instituição de saúde, destacando, por exemplo, momento e em que situação a sutura foi realizada.

Ele também explanou os principais cenários em que a sutura simples é indicada: lesão profunda com exposição de tecido subcutâneo, afastamento de bordas, em local de movimentação intensa, com contaminação grosseira e em até 6 horas após a ocorrência da lesão.

A conselheira Andreia Cotait reforçou que o enfermeiro deve buscar a capacitação também para prevenir eventuais erros e infrações. “Temos que estar seguros para realizar um procedimento que parece simples, mas que também requer muita habilidade”, analisou.

“Temos enfermeiros que trabalham nas mais diversas realidades pelo país, portanto a realização de sutura simples é um grande ganho para a enfermagem e para os serviços de saúde”, destacou Marisa. “A fiscalização vai focar em treinamentos e protocolos na instituição”, reforçou a chefe de fiscalização do Cofen.

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