Coren-SP lança edição atualizada, ampliada e gratuita do livro “Processo de Enfermagem: Guia para a Prática”

O Grupo de Trabalho (GT) em Processo de Enfermagem do Coren-SP, acaba de lançar uma edição ampliada e revisada do livro “Processo de Enfermagem: Guia Para a Prática”. O material está disponível para download gratuito e contém as informações mais atuais relacionadas à prática do Processo de Enfermagem. O livro foi lançado na noite desta quarta-feira (12/1) em evento transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do conselho.

O lançamento foi apresentado pelo coordenador do GT, conselheiro Vinicius Batista Santos, e contou com a participação do presidente da autarquia, James Francisco dos Santos; da vice-presidente, Erica Chagas; da coordenadora das Câmaras Técnicas, conselheira Wilza Spiri e da primeira-secretária do Coren-SP, Eduarda Ribeiro.

A mesa de abertura do evento, que foi transmitido ao vivo

Em sua fala, o presidente James Francisco dos Santos destacou que o guia recém-lançado estará disponível para todos os profissionais de enfermagem do Brasil, por meio de parceria com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen): “Tenho absoluta certeza que esse guia, já em sua segunda edição, tem ajudado a melhorar a prática diária de muitos profissionais. Trata-se de um material muito bem elaborado e escrito por profissionais com conhecimento no assunto. Lembramos que além de estar disponível no portal do Coren-SP, o guia fará parte da biblioteca virtual da plataforma CofenPlay, ficando assim à disposição dos mais de 2 milhões de profissionais de enfermagem de todo o Brasil”.

A vice-presidente do Coren-SP, Erica Chagas, lembrou que a publicação vem para fortalecer o aspecto científico da prática cotidiana do profissional de enfermagem: “Entendemos que o Processo de Enfermagem é uma ferramenta de trabalho essencial na prática diária dos profissionais, fortalecendo a ciência na nossa profissão. O uso dessa ferramenta com ciência e assertividade traz o empoderamento de nosso papel e da nossa função junto aos nossos pares e junto à sociedade como um todo”.

Wilza Spiri enalteceu a utilidade do material também como referência científica para o trabalho das Câmaras Técnicas: “Além de constituir uma ferramenta indispensável para a prática e para o trabalho autônomo da enfermagem, esse livro certamente subsidiará todo o trabalho das Câmaras Técnicas em relação aos Pareceres e Orientações Fundamentadas relacionadas ao tema”.

Em seguida, o conselheiro Vinicius Batista Santos, coordenador do GT responsável pela publicação, fez uma breve apresentação da nova edição do guia e do Grupo de Trabalho que criou o material. “Tínhamos oito capítulos e passamos a ter catorze. Nesta segunda edição, foram acrescentados capítulos sobre modelos assistenciais de enfermagem, Processo de Enfermagem e sua ligação com a segurança do paciente, aspectos éticos e jurídicos do Processo de Enfermagem no prontuário eletrônico, instrumentos de medida como alicerce para operacionalização do Processo de Enfermagem, teleatendimento em enfermagem, além da inclusão de Pareceres relacionados ao tema”.

O evento de lançamento do livro se encerrou com uma palestra da primeira-tesoureira do Coren-SP, Eduarda Ribeiro, que como enfermeira e advogada falou sobre os aspectos éticos e jurídicos do Processo de Enfermagem.

Eduarda Ribeiro e Vinicius Batista Santos durante a apresentação sobre os aspectos éticos e jurídicos do Processo de Enfermagem


Eduarda destacou o papel do Processo de Enfermagem como ferramenta de documentação e proteção para o profissional, para a instituição e para o paciente. Ela conceituou a relação entre o profissional de enfermagem, a instituição de saúde e o paciente como uma relação de prestação de serviço, juridicamente alicerçada no Código de Defesa do Consumidor.

“Nessa relação, a instituição e o profissional que presta o serviço são considerados devedores e o paciente é o credor. Com base nisso, o profissional tem o dever de prestar uma assistência livre de danos e dentro das melhores práticas. Essa prestação de serviço deve ser comprovada pela realização do Processo de Enfermagem e das anotações, para proteção legal de todos os envolvidos”, alertou.

O não cumprimento do dever ético-jurídico de prestar uma assistência livre de danos, pode resultar em processos contra a instituição e contra o profissional dentro das esferas ética (ou seja, junto ao Coren-SP), cível e criminal.

Eduarda finalizou sua exposição com uma proposta de reflexão: “repense suas escolhas, pois elas não afetam apenas a você. Por meio da correta adoção do Processo de Enfermagem, nós protegemos a nós mesmos como profissionais, a instituição, o direito do paciente e a família. Dessa forma estaremos protegendo toda uma cadeia de cuidado que merece atenção. O Processo de Enfermagem é a ferramenta por meio da qual você levará para os autos de um eventual processo administrativo, ético, penal ou cível a clareza do seu trabalho e o modo científico com o qual você embasa sua prática”.