COREN-SP faz parceria para campanha sobre hepatite C entre profissionais de Enfermagem

Em silêncio, uma doença assintomática está vitimando muitos profissionais de Enfermagem. O vírus da hepatite C pode ter contaminado cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério de Saúde. No mundo, segundo a OMS, a hepatite C já contaminou entre 170 e 200 milhões de pessoas. Devido às condições de transmissão, a doença tem como um dos grupos de risco os profissionais de saúde.

Por isso, o COREN-SP fechou uma parceria com a OnG “C tem que saber, C tem que curar” para conscientizar auxiliares e técnicos de Enfermagem e enfermeiros. Palestras na capital e subseções, seguidas de teste para detecção do vírus estão incluídas nessa parceria. Outras atividades devem fazer parte da campanha junto à classe.

Os profissionais com maior probabilidade de serem portadores de hepatite C são os mais antigos, quando havia poucos procedimentos de segurança, como seringas e luvas descartáveis, além de material esterilizado. Outros grupos de risco são barbeiros, manicures e dentistas. Como o vírus permanece vivo em instrumentos contaminados por três dias. Por isso, o risco de contaminação é alto.

O portador da doença não tem sintomas porque o vírus ataca o fígado lentamente, durante anos. Em muitos casos, ele só percebe quando já está com cirrose ou câncer hepático, e aí já é tarde demais. Se tiver sorte, poderá descobrir a doença por acaso ao fazer um check-up ou doar sangue.
Mas a imensa maioria segue ignorando que possui o vírus e pode contaminar alguém. O teste para detecção é simples e coberto por todos os planos de saúde, podendo ainda ser realizado na rede pública.

Grupos de risco:

– quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993;
– usuários de drogas injetáveis ou inaladas, inclusive aqueles que fizeram uso apenas uma vez;
– pessoas em tratamento de hemodiálise;
– hemofílicos;
– filhos de mulheres contaminadas com a hepatite C;
– portadores do vírus HIV;
– pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com histórico de doenças sexualmente transmissíveis;
– pessoas com tatuagens ou piercings.