Coren-SP Educação promove palestra sobre câncer na fase infantil

Como ferramenta para o aprimoramento dos profissionais de enfermagem de São Paulo, o Coren-SP Educação realizou, em fevereiro, a atividade “Práticas Integrativas em Oncologia Pediátrica” que discutiu os cuidados necessários durante a assistência da criança com câncer.

Apresentada pela enfermeira Dra. Juliana Pepe Marinho, que é pós-graduada em Pediatria com ênfase em Oncologia Pediátrica e Gestão em Saúde, e mediada pela enfermeira de educação permanente do Coren-SP, Dra. Gisele Gentil, a palestra pautou temas como: causas, dados, tratamentos e cuidados paliativos para o câncer infantojuvenil.

Hábitos alimentares e causas hereditárias estão entre as principais causas de câncer na infância, explicou a enfermeira Juliana

Como introdução, Dra. Juliana apresentou o conceito de câncer e os diferentes fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença no corpo humano. A enfermeira esclareceu que, apesar da possibilidade de desenvolvimento da doença a partir da predisposição herdada durante sua gestação, a maioria dos casos confirmados de câncer no mundo surge a partir da falta de hábitos saudáveis no cotidiano, como a má alimentação e o consumo de nicotina.

Segundo estimativa publicada pelo Instituto do Câncer (Inca), serão diagnosticados no Brasil cerca de 7.930 novos casos de câncer em menores de 19 anos a cada ano, entre 2023 e 2025. Nesse universo, a palestrante classifica a incidência da doença como baixa e categoriza o câncer infantojuvenil como uma patologia rara. “Quando pensamos que, dos 704.000 diagnósticos positivos de câncer no Brasil apenas 1% é localizado em menores, podemos considerar o câncer infantojuvenil como infrequente”, comenta.

Durante a palestra, Dra. Juliana cita os quatro objetivos da atividade de enfermagem: promoção, proteção, recuperação e reabilitação. “O nosso papel começa na Atenção Primária, seja no posto de saúde ou durante a consulta de enfermagem, que é atividade privativa do enfermeiro e na qual são identificados problemas de saúde, e prescritas medidas de enfermagem”, acrescentou.

Os meios de diagnóstico da doença também estiveram em pauta ao longo da atividade. Foram abordados os diferentes métodos de análise para conclusão do diagnóstico, como o diagnóstico clínico, o anatomopatológico, o laboratorial e por imagem.

Por fim, ela dissertou sobre os cuidados paliativos pediátricos, classificando estes como essenciais para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, pois o método alivia o sofrimento e auxilia na prevenção de consequências negativas trazidas durante o tratamento.

A enfermeira também reiterou a importância do incentivo à geração de novos estudos na área e destacou o valor desses trabalhos para o aprimoramento da assistência do paciente.

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