COREN-SP e ILAS emplacam cursos de capacitação para o diagnóstico e tratamento da sepse

Após o grande sucesso do Projeto Educacional de Treinamento, que aconteceu em abril deste ano, o COREN-SP Educação e o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS) preparam-se para dar continuidade à capacitação para que os profissionais de enfermagem possam contribuir para a identificação precoce da sepse, cujo objetivo é capacitar Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem para o diagnóstico precoce da doença. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e que 240 mil resultam em óbito, por isso a precocidade é um fator crucial.

A proposta é levar esta ação por todo o estado de São Paulo, onde atualmente, a parceria já conta com 90 hospitais cadastrados. “A ideia é despertar no profissional a associação de suas ações desenvolvidas no cotidiano do seu trabalho ao reconhecimento da sepse. As ações passam pelo reconhecimento precoce da doença, a coleta correta de culturas e a administração de antibiótico, que deve ocorrer em até uma hora”, explica a Profª Drª Renata Pietro, Conselheira Responsável pelas atividades do Projeto Qualifica e pelo COREN-SP Educação.

A Conselheira salienta que um dos principais focos é colaborar para a redução da incidência de sepse no estado e melhorar a taxa de recuperação dos pacientes identificados com a doença. “Nosso intuito é ampliar a conscientização dos profissionais e despertar o reconhecimento precoce desta síndrome”, complementa.

Representando a coordenação do ILAS, a Dra. Flavia Ribeiro Machado, professora livre docente da disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) cita, ainda, que existe a intenção de elaborar um material educativo para a realização do curso à distância, e não apenas de forma presencial – além da intenção de preparar um livreto com informações das aulas.

Para a Conselheira Renata, o profissional de enfermagem atua na percepção, promoção e reabilitação da saúde com grande autonomia e consonância com seus preceitos éticos e legais. Quanto maior a qualificação, melhor será a assistência e participação no tratamento do paciente. “Na questão da sepse, tempo é vida. Quanto antes identificar a doença, melhor é a condição e a sobrevida do paciente séptico”, explica.

A Dra. Flavia complementa que, além do primeiro contato com o paciente e perceber os primeiros sinais (como taquicardia, taquipneia, diminuição do volume urinário, falta de ar, entre outros), o profissional de enfermagem deve trabalhar em parceria com o médico no tratamento da doença. “Depois do diagnóstico feito, cabe à enfermagem ajudar, por exemplo, na administração do antibiótico, na ressuscitação hemodinâmica, e providenciar, adequadamente, exames de sangue”.

Outra medida de conscientização da sepse inclui a distribuição de um panfleto educativo aos profissionais da saúde e público leigo no Dia Mundial da Sepse, em 13 de setembro. A ação, desenvolvida pelo ILAS e diversos CORENs (inclusive o COREN-SP), além de programar uma divulgação física, contará também com a distribuição eletrônica deste material. 

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