Coren-SP e Cremesp divulgam dados sobre violência contra profissionais de saúde

O Coren-SP e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo)  concederam entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (9) com o objetivo de divulgar e promover o debate sobre um grave problema que acomete o sistema de saúde brasileiro e paulista: a violência contra profissionais de saúde. O evento foi realizado na sede do Cremesp, na capital.


Os presidentes de ambos os Conselhos apresentaram pesquisas com dados alarmantes sobre violência contra profissionais de Enfermagem e médicos

Na ocasião, cada Conselho apresentou dados de pesquisas que trazem números alarmantes de violência. Sondagem realizada pelo Coren-SP com 4.293 profissionais de Enfermagem do estado de São Paulo mostrou que 77% desses profissionais já foram vítimas de violência.

“A Enfermagem sempre está na linha de frente do atendimento. O fato de ser uma classe composta majoritariamente por mulheres (85%) só agrava o quadro de violência. Precisamos, enquanto profissionais e mulheres, sair do silêncio”, explicou a presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho.


A coletiva de imprensa foi realizada na sede do Cremesp nesta quarta-feira (9)

O presidente do Cremesp, Bráulio de Luna Filho, explicou que os médicos também sofrem esse tipo de situação cotidianamente. “47% dos médicos conhecem um colega que viveu algum episódio de violência por parte de pacientes. O principal motivo disso é a falta de estrutura para o atendimento à população. A violência tende a criar dificuldades para o sistema de saúde”, disse.


Segundo a presidente do Coren-SP, “A Enfermagem sempre está na linha de frente do atendimento. O fato de ser uma classe composta majoritariamente por mulheres (85%) só agrava o quadro de violência”.

A presidente do Coren-SP explicou algumas das medidas que o Conselho tem tomado contra essa situação, e cobrou atitude por parte das autoridades do governo: “Estamos incentivando que os profissionais de Enfermagem nos tragam essas denúncias. Precisamos trabalhar conjuntamente com o poder público, as autoridades precisam ter boa vontade política. O impacto dessa situação de violência é diretamente sentido pela população”, concluiu.

 

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